Ultraprocessados menos nocivos à saúde? Novo estudo muda o que sabemos

O consumo de alimentos ultraprocessados tem sido constantemente associado a diversos problemas de saúde. No entanto, uma nova pesquisa publicada na revista científica The Lancet traz uma perspectiva diferenciada, apontando que nem todos são igualmente prejudiciais. Surpreendentemente, alguns, como pães e cereais, podem até oferecer benefícios à saúde.

Alimentos ultraprocessados: quando é prejudicial?

O estudo, apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e realizado com 266.666 pessoas em sete países europeus, incluindo o Reino Unido, revela que o consumo regular de produtos ultraprocessados à base de carne, como salsichas, e bebidas açucaradas aumenta significativamente o risco de doenças como câncer, problemas cardíacos e diabetes.

Esses resultados foram publicados na segunda-feira (14), reforçando as preocupações sobre os efeitos nocivos desses alimentos. No entanto, há benefícios a serem considerados.

Pães e cereais: benefícios surpreendentes

Por outro lado, o estudo destaca pães e cereais como opções menos prejudiciais dentro do grupo dos ultraprocessados. A presença de fibras nesses alimentos é um fator-chave que contribui para a redução do risco de problemas de saúde.

Isso sugere que a composição nutricional e a qualidade dos ingredientes em alimentos ultraprocessados podem ter um impacto significativo em seus efeitos no organismo.

Molhos, condimentos e outros produtos

Da mesma forma, molhos e condimentos, embora não sejam tão saudáveis, mostraram ser menos nocivos do que os produtos de origem animal e os refrigerantes.

Curiosamente, os pesquisadores, que incluem membros da IARC, uma agência da OMS voltada para pesquisas sobre câncer, também descobriram que doces, sobremesas, refeições prontas, salgadinhos e alternativas vegetais “não estão associados ao risco de multimorbidade”.

Uma nova perspectiva sobre alimentos ultraprocessados

Esse estudo lança uma nova luz sobre a categoria de alimentos ultraprocessados, mostrando que, embora muitos sejam prejudiciais, existem diferenças significativas entre eles. Isso sublinha a importância de olhar além do rótulo e considerar a composição nutricional individual de cada produto.

A pesquisa ressalta a necessidade de escolhas alimentares mais informadas, considerando não apenas a conveniência, mas também o impacto potencial na saúde.