Educação
USP revela 9 cursos com mais desistentes no ensino superior brasileiro
Alto índice de desistência em cursos universitários no Brasil desafia instituições e estudantes.
Uma recente análise do Instituto Semesp destacou um cenário preocupante no ensino superior brasileiro: mais da metade dos estudantes desiste dos cursos antes da conclusão. As razões são inúmeras e variam desde fatores socioeconômicos até questões institucionais e pessoais.
Segundo a pesquisa, muitos alunos buscam uma conexão mais imediata com o mercado de trabalho. No entanto, a duração extensa dos cursos, de quatro a cinco anos, tem gerado frustração. Esse dilema reflete-se nos dados de evasão, que, em muitos casos, superam 50%.
Outro estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) identificou os cursos universitários com mais desistências. Embora focado na USP, os resultados fornecem uma visão abrangente da situação em todo o país.
Muitos universitários desistem do curso no meio, devido a diferentes razões – Imagem: Jane Carmona/Unsplash
Cursos universitários com maior desistência
O estudo da USP, feito com 11 mil estudantes, revelou um panorama preocupante. O curso de Matemática Aplicada e Computacional lidera a lista.
Outras áreas com altos índices incluem Licenciatura em Matemática e Gestão de Políticas Públicas, ambos em turnos noturnos. Veja o ranking a seguir:
Curso | Turno | Taxa de desistência |
---|---|---|
1º Matemática Aplicada e Computacional | – | 54% |
2º Licenciatura em Matemática | Noturno | 50% |
3º Licenciatura em Física | Noturno | 46,7% |
4º Meteorologia | – | 43,3% |
5º Gestão de Políticas Públicas | Noturno | 43,3% |
6º Filosofia | Noturno | 42,2% |
7º Astronomia | – | 40% |
8º Matemática (Bacharelado e Licenciatura) | – | 37,9% |
9º Geociências e Educação Ambiental (Licenciatura) | – | 37,5% |
Motivos por trás da evasão
Os fatores que impulsionam a desistência podem ser aspectos socioeconômicos, como dificuldades financeiras e a necessidade de trabalhar, capazes de influenciar a decisão de muitos alunos. As instituições também enfrentam desafios relacionados à qualidade do ensino e à desconexão com o mercado de trabalho.
Problemas pessoais, como falta de interesse no curso escolhido ou desafios de aprendizagem, também desempenham um papel significativo na evasão. Tais questões, muitas vezes, somam-se a problemas de saúde ou conflitos interpessoais, o que culmina na desistência.
Portanto, é essencial que as universidades e órgãos educacionais enfrentem tais empecilhos. Melhorar a conexão entre ensino e mercado, além de oferecer suporte financeiro e psicológico, pode reduzir as taxas de abandono, o que garantirá um futuro mais promissor para os estudantes brasileiros.

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