Mercado de Trabalho
Diploma não é mais fator determinante de emprego, diz pesquisa
Pesquisa aponta condições que realmente certificam bons cargos.
Ter um diploma universitário pode abrir várias portas no mercado de trabalho, possibilitando o acesso a oportunidades de emprego mais qualificadas e bem-remuneradas.
No entanto, diferentemente das décadas passadas, ter ensino superior não é garantia de que isso vai acontecer.
Diante do cenário apresentado pela pesquisa realizada pelo Burning Glass Institute, dos Estados Unidos, é possível perceber que apenas possuir um diploma universitário não garante, necessariamente, um emprego na área de formação. Então, quais são os fatores determinantes?
O que garante um emprego?
A pesquisa revela que mais da metade dos graduados nos EUA não ocupam cargos condizentes com seu diploma universitário após um ano de formados. Mesmo após cinco anos, essa taxa ainda é significativa.
Isso demonstra que, atualmente, é crucial analisar não apenas a escolha do curso, mas também os caminhos a serem percorridos durante a graduação e a transição para o mercado de trabalho.
Logo, a escolha do curso, os estágios realizados durante a graduação e o primeiro emprego após a conclusão do curso tornam-se fatores determinantes para o sucesso profissional.
A importância dos estágios durante a graduação é destacada como um dos caminhos para garantir um emprego adequado ao diploma.
Os dados indicam que fazer pelo menos um estágio aumenta consideravelmente as chances de conseguir um trabalho na área após a formatura.
Muitas vezes, os primeiros empregos de um graduado são determinantes para o futuro de sua carreira, pois é nesse momento que o profissional desenvolve habilidades e adquire experiências valorizadas pelo mercado.
De acordo com os dados da pesquisa, mesmo os profissionais da área da saúde não estão imunes à realidade do subemprego.
Nos Estados Unidos, quase metade dos graduados em cursos como biologia e ciências biomédicas permanecem em empregos que não condizem com sua formação, mesmo após cinco anos de estudo.
Diploma de ensino superior não é mais o suficiente para estar empregado – Imagem: reprodução
Além disso, os graduados em áreas corporativas com menos foco em habilidades financeiras, como marketing e recursos humanos, têm o dobro de chances de estarem nessa situação do que aqueles com conhecimento em estatística e finanças.
Entre as áreas com maior número de graduados subempregados após cinco anos estão segurança pública, cuidado e bem-estar, negócios, humanidades, artes visuais, comunicação, psicologia e ciências sociais, demonstrando a complexidade do mercado de trabalho e a necessidade de adaptação por parte dos profissionais.
Os graduados que se encontram em situação de subemprego são desvalorizados no mercado de trabalho.
Mesmo possuindo um diploma universitário, eles enfrentam salários mais baixos que aqueles que possuem apenas o ensino médio e ocupam cargos que não exigem qualificação.
Tal situação mostra que a escolha do curso e a inserção no mercado de trabalho são essenciais para garantir uma carreira de sucesso.
Sabendo disso, fica essencial que os graduados estejam atentos não apenas à obtenção do diploma, mas também aos passos seguintes, como a escolha do primeiro emprego e a valorização dos estágios durante a graduação.
A pesquisa ressalta a importância de se planejar e buscar oportunidades que estejam alinhadas com a formação acadêmica, a fim de garantir uma carreira de sucesso na área escolhida.
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