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Agronegócio

Vacas que recebem carinho aumentam produção de leite

Segundo Instituto de Zootecnia, animais pesquisados tiveram aumento de produtividade diária.

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Um estudo recente divulgado pelo Instituto de Zootecnia (IZ) mostra que as vacas leiteiras que recebem carinho dos humanos tendem a produzir leite melhor e mais rápido. O estudo foi realizado com base na raça gir leiteiro, que se caracterizam por uma boa produção de leite.

De acordo com Lenia El Faro Zadra, pesquisadora do IZ, a estimulação tátil leva a melhorias no temperamento, comportamento e produtividade da vaca, permitindo uma maior compreensão do que pode estar acontecendo através da seleção genética.

Segundo a pesquisadora, “nesse projeto, tanto as dosagens de cortisol quanto de ocitocina foram medidas no leite das vacas. Isso pode permitir, no futuro, a realização de estudos em populações maiores, visando a seleção genética de animais com melhor temperamento, o que facilitaria a ordenha e o manejo nas propriedades”.

Zadra ainda afirma que as vacas tratadas com estimulação tátil aumentaram sua produção em 2 kg de leite/dia. Além disso, as vacas não tratadas tiveram 16% de seu leite retido (ou leite residual) em comparação com 8,5% das vacas que recebem carinho. “Isso representa mais leite para as vacas que receberam estimulação tátil e diminui a chance de ocorrência de mastite devido à retenção de leite”, diz.

Dois experimentos foram conduzidos com animais gir, um para avaliar os efeitos do treinamento de ordenha de rotina em novilhas e outro para avaliar os efeitos da estimulação tátil em novilhas primíparas e multíparas no corredor do curral, avaliando características comportamentais, níveis de cortisol, liberação de oxitocina, expressão e produção de receptores chave da lactação.

Segundo os pesquisadores, há um foco crescente na melhoria das interações humano-animal para aumentar a eficiência animal e facilitar o manejo, além do conceito de bem-estar nas propriedades rurais.

Em nota, o Instituto de Zootecnia publicou que, “o conjunto de comportamentos dos animais em relação ao homem, normalmente atribuído ao medo, determina sua agressividade, agilidade, docilidade, reatividade e teimosia, e que recentemente se tornou um tema de interesse na produção animal”.

Além disso, a Epamig, em 2017, realizou um estudo preliminar que mostrou que a prática pode acelerar a recuperação pós-parto, evitar doenças e diminuir o intervalo entre gestações em animais.

Jornalista desde 2015. Pós graduada em Comunicação e Marketing desde 2020. Contadora de histórias desde sempre.

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