VLI acrescentará 247 novos vagões ao norte para movimentação da próxima safra de grãos

A empresa de logística VLI informou nesta quinta-feira que expandirá em 247 vagões a frota utilizada no trecho norte da Ferrovia Norte-Sul, entre Porto Nacional (TO) e Açailândia (MA), visando auxiliar o transporte de grãos na importante fronteira agrícola na próxima temporada.

A empresa já acrescentou 80 vagões nas últimas semanas, e um novo lote com 167 ativos está previsto para o início de 2021, sendo todos voltados para o transporte de grãos.

“Estamos nos preparando para atender a próxima safra. Esse reforço na frota evidencia nosso compromisso em continuar suportando o crescimento da movimentação de grãos no Arco Norte”, disse Fabiano Rezende, gerente-geral do Corredor Centro-Norte da VLI.

A região Norte é uma das que mais crescem na produção agrícola. Em 2019, essa malha ferroviária movimentou 7,9 milhões de toneladas de milho, soja e farelo, um avanço de 25% em relação a um ano antes.

Ademais, esse trecho da VLI observou o transporte de mais de 11 milhões de toneladas de outros produtos em 2019, como combustíveis, celuloses, ferro gusa e manganês.

A previsão para o próximo ano é de elevação da produção nos Estados ao norte, com a soja capitaneando o aumento.

O Piauí deverá registrar um avanço de mais de 5% na área plantada de soja na temporada 2020/21, seguido por Tocantins, Maranhão e Pará com aumentos de 2,1%, de 2,5% e 2,6%, respectivamente, de acordo com a última projeção da Companhia Nacional de Abastecimento.

O tramo norte da FNS passará a ter mais de 3 mil unidades após a chegada de todos os vagões. A frota que opera no trecho entre Tocantins e Maranhão mais do que quadruplicou desde 2015.

De acordo com a VLI, os novos vagões Greenbrier Maxion oferecem ao fluxo de grãos diferenciais como a redução do comprimento do vagão sem perda de volume, diminuição da tara (peso) e aumento da vida útil.

Os novos vagões possuem o sistema “motion control” de alto desempenho, que diminui o atrito entre as rodas e o trilho, levando a menor consumo de combustível e menos desgaste.

“O investimento está alinhado à estratégia de aumentar a capacidade e agilidade no escoamento dos grãos que saem do interior do país, passam pelos terminais de Porto Nacional e Palmeirante, em Tocantins, e seguem até Porto do Itaqui, em São Luís (MA)”, disse a VLI.