Agronegócio
Você vai sentir os efeitos: La Niña pode voltar ainda este ano, dizem especialistas
Relatório da NOAA indica possibilidade do fenômeno climático La Niña no final de 2025 ou início de 2026, impactando diversas regiões.
Apesar de parecer distante, o La Niña, fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, pode dar as caras ainda em 2025, com impactos diretos no clima do Brasil e em diversas regiões do planeta.
Segundo uma nova previsão da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a possibilidade de transição para o La Niña, embora ainda incerta, voltou ao radar dos especialistas e pode ocorrer a partir de outubro.
O relatório, divulgado nesta semana pela NOAA, traz projeções atualizadas sobre o comportamento climático global.
Embora o cenário de neutralidade climática, quando as águas do Pacífico não sofrem nem aquecimento nem resfriamento significativos, continue sendo o mais provável para os próximos meses, os modelos indicam um crescimento gradual das chances de formação do La Niña a partir do final do segundo semestre.
Neutralidade climática persiste, mas La Niña pode voltar
De acordo com os dados mais recentes da NOAA, até o mês de outubro de 2025, há 56% de probabilidade de o clima se manter em condição neutra, sem a influência direta de fenômenos como o El Niño ou La Niña.
No entanto, a partir de novembro, esse equilíbrio começa a se alterar, e as chances de resfriamento das águas do Pacífico aumentam consideravelmente.
Um fator determinante para essa possível transição é a intensificação dos ventos alísios, que sopram regularmente nas regiões tropicais e têm papel fundamental na dinâmica dos oceanos.
O fortalecimento desses ventos pode criar condições favoráveis ao surgimento do La Niña ainda no fim de 2025 ou no início de 2026, segundo os meteorologistas.
O que é o La Niña e quais são seus impactos?
Foto: iStock
O La Niña é um fenômeno natural que influencia diretamente a circulação atmosférica global, provocando alterações significativas nos padrões de chuvas e temperatura.
Ele é o oposto do El Niño; enquanto este provoca o aquecimento anormal das águas do Pacífico, o La Niña promove seu resfriamento, o que intensifica os ventos alísios e altera o comportamento das massas de ar em várias partes do mundo.
Essas mudanças costumam desencadear eventos extremos, como chuvas intensas, estiagens prolongadas, geadas fora de época e até ondas de calor atípicas, dependendo da região afetada. No Brasil, os efeitos tendem a ser distintos de acordo com a área geográfica.
Como o La Niña pode afetar o Brasil?
Se confirmado, o retorno do La Niña deverá provocar um aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste, o que pode elevar o risco de enchentes, deslizamentos e outros desastres naturais.
Número de enchentes pode subir com a chegada do La Niña (Foto: iStock)
Por outro lado, a Região Sul pode enfrentar um período mais seco, com possibilidade de estiagem no verão, além de geadas tardias que podem comprometer a agricultura local.
Essas oscilações climáticas também afetam diretamente setores como a agricultura, geração de energia, saúde pública e logística, exigindo planejamento e monitoramento constantes por parte das autoridades e da população.
La Niña e o futuro do clima global
O último episódio do La Niña ocorreu entre 2020 e 2023 e já deixou marcas significativas no clima do planeta. A possibilidade de um novo ciclo ainda em 2025 coloca em alerta cientistas, governos e comunidades ao redor do mundo, que buscam formas de mitigar os impactos de eventos climáticos extremos.
Em um contexto de mudanças climáticas cada vez mais frequentes e severas, a atenção às previsões meteorológicas globais torna-se essencial.
O acompanhamento de fenômenos como o La Niña é fundamental para antecipar riscos, proteger vidas e preparar setores estratégicos para os desafios que o clima impõe.

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