Empresas
Volkswagen é investigada por suposta violação aos direitos humanos
O MPT não informou quantas pessoas teriam sido vítimas dos atos. O órgão iniciou sua investigação em 2019.
Na última segunda-feira (30), o Ministério Publico do Trabalho (MPT) confirmou que está investigando se a montadora Volkswagen possui alguma responsabilidade no caso de suposto trabalho escravo em uma fazenda da montadora no Pará nas décadas de 1970 e 1980.
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O MPT fez a convocação de uma unidade brasileira da Volkswagen para que se apresentasse em uma audiência administrativa no dia 14 de junho, as 14h, em Brasília.
Essa convocação foi realizada depois que os veículos de imprensa da Alemanha noticiaram que a empresa está sendo investigada no Brasil depois de ser denunciada por violar os direitos humanos em uma fazenda no período da ditadura militar.
Em nota, a montadora diz que respeita a investigação e que não iria informar detalhes devido aos procedimentos legais e que contribuirá com as inspeções que envolvem os direitos humanos “de forma muito séria” e “não comentará o assunto até que tenha clareza sobre todas as alegações”.
Segundo o MPT, as acusações incluem uma falta de tratamento médico em casos de malária, alojamentos em locais insalubres, com alimentação precária e sem nenhum acesso a água potável, além de impedir que os funcionários saíssem da fazenda por argumentar que os funcionários teriam contraído dívidas com a empresa.
“O procurador do trabalho Rafael Garcia Rodrigues, que coordena a investigação sobre o caso, explica que o grupo de trabalho concluiu pela responsabilidade da Volkswagen em graves violações aos direitos humanos ocorridas dentro da fazenda de sua propriedade”, disse o MPT em comunicado em seu site.
Os crimes teriam acontecido em uma propriedade conhecida como Fazenda Volkswagen, na cidade de Santana do Araguaia, no Pará. A propriedade possui 139 mil hectares e pertence a Companhia Vale do Rio Cristalino Agropecuária Comercio e Industria (CVRC), que é uma subsidiária da Volkswagen, segundo o MPT.
O órgão afirma ainda que a CRVC contava com 300 empregados diretos que atuavam em funções diversas, de vaqueiro até fiscalização. Entretanto, os serviços de roçagem e derrubada de árvores eram feitos por trabalhadores que não contavam com vínculo empregatício.
“As denúncias de tráfico de pessoas e trabalho escravo se referem, em particular, a esses lavradores aliciados por empreiteiros a serviço da CVRC para roçar e derrubar a mata na fazenda“, disse o MPT.
Isso se deve, pois, a mata nativa era derrubada para ser transformada em áreas de pastejo para o gado através de queimadas e desmatamentos que eram feitos por lavradores de pequenos povoados, recrutados especialmente do interior do Mato Grosso, Maranhão e Goiás.
O MPT não informou quantas pessoas teriam sido vítimas dos atos. O órgão iniciou sua investigação em 2019 depois de receber uma documentação de um padre que coordenava uma Comissão Pastoral da Terra durante os supostos os acontecimentos.
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