Volume de importações de carne suína pela China em julho atinge recorde de 430 mil toneladas

As importações de carne suína da China mais que dobraram no mês de julho, em comparação ao ano passado. De acordo com dados apresentados pela alfândega, o país atingiu um volume recorde mensal, totalizando 430 mil toneladas. O resultado positivo foi obtido mesmo com novos controles mais rígidos sobre cargas que desaceleraram liberações em portos.

Importadores chineses vem adquirindo grandes volumes da carne neste ano devido à escassez de oferta doméstica causada por uma epidemia de peste suína africana que matou milhões de porcos.

Ainda assim, os dados divulgados na noite de domingo surpreenderam. Isso porque muitas unidades de processamento no exterior foram forçadas a parar ou desacelerar a produção nos meses anteriores devido à contaminação de trabalhadores pelo coronavírus.

As importações em julho ultrapassaram as 400 mil toneladas de junho, que havia sido até então o volume de importações mais elevado neste ano.

“Considerando que os EUA e Europa tiveram suspensões ou produção mais lenta em maio, isso é realmente incrível”, comemorou o analista do Rabobank, Pan Chenjun.

Desde o mês de junho, a China solicitou a unidades no exterior que parassem embarques se houvessem casos confirmados de coronavírus entre trabalhadores, mesmo com a afirmação de especialistas de que não há evidência de que o vírus possa ser transmitido através de alimentos.

Outro motivo que tornou a liberação de mercadorias nos portos mais lenta é que o governo chinês também passou a fazer testes de coronavírus em contêineres de alimentos congelados.

Entre janeiro e julho, as importações de carne suína atingiram 2,56 milhões de toneladas. No mesmo período do ano passado, foram pouco mais de 1 milhão de toneladas.

Já em relação à carne bovina, segundo dados da alfândega, as importações no mês de julho somaram 210 mil toneladas, com embarques dos sete primeiros meses atingindo 1,2 milhão de toneladas.