Economia
Votação iminente do arcabouço fiscal promove recuo de juros futuros
Otimismo com relação ao avanço da matéria cresceu, mesmo com a queda dos Treasuries no exterior
A iminência de votação do projeto de arcabouço fiscal, nesta terça-feira (23), pela Câmara dos Deputados, ‘puxou’ para baixo os juros futuros, a reboque do otimismo em relação ao avanço da matéria no Parlamento, a julgar pela proximidade da contagem dos votos favoráveis à medida. O refluxo das taxas também foi, em parte, compensado, no exterior, pela redução dos rendimentos pagos pelos Treasuries (papéis do Tesouro dos EUA).
Em decorrência de tal cenário positivo, entre os juros de curta duração, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 subiu de 13,3% na véspera, para 13,313%, o DI para janeiro de 2025 encolheu de 11,73%, no ajuste de ontem, para 11,68%; os intermediários fecharam em alta, como é o caso do DI para janeiro de 2027, caiu de 11,33% para 11,20% e o DI para janeiro de 2029, baixou de 11,65% para 11,51%.
Até a metade da manhã da sessão de hoje (23), a curva de juros apresentou volatilidade, ante à reticência do mercado em ‘montar posições firmes’ na ponta vendedora, enquanto aguardava o resultado do encontro do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente, além do relator do arcabouço fiscal, deputado Claudio Cajado (PP-BA).
A expectativa do mercado em relação à nova regra fiscal melhorou ainda mais, ao longo do dia, à medida que se aproximava o número de votos necessário (257) ao quórum mínimo para que o texto fosse aprovado com urgência pela Câmara.
Com o passar do tempo e o maior otimismo com a votação do arcabouço, as taxas consolidaram o recuo, sobretudo aquelas de duração mais longa, culminando com a declaração de Cajado de que o texto iria ao Plenário ainda nesta terça (23), reforçada com a afirmação de Haddad, no sentido de que “a reunião havia sido ‘boa’, pois nela foi “firmado o entendimento para votar o marco fiscal e a reforma tributária”.
“Expressiva” e com “boa margem” foi a previsão da votação para o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, para quem, se concretizado este cenário, fica a impressão de que o governo deve ter amplo apoio também para outras matérias. “O que não é bem verdade. Deve haver dificuldades, por exemplo, em pautas como a redução de benefícios fiscais”, comentou.
O clima favorável à percepção fiscal abriu espaço, inclusive, para que o Tesouro Nacional colocasse um grande lote de NTN-B no leilão desta terça-feira, resultando na oferta de 2,5 milhões de títulos, mesmo com uma elevação de 21% no risco, em relação à semana passada.

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