Deflação deve ser ocasionada pelo Corte do ICMS; entenda!

Diversos economistas vêm analisando as contas para inflação deste ano, especialmente, depois das leis recentemente aprovadas que promovem alterações nas tributações de itens como combustíveis e energia elétrica. De fato, de acordo com esses economistas, o IPCA deve mostrar uma movimentação de deflação entre os meses de julho e agosto, ocasionado diretamente pelos preços dos combustíveis e da energia elétrica.

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Na realidade, vale enfatizar que, desde 2020, a economia brasileira não vivenciava uma deflação. No entanto, os economistas ainda enfatizam que essa redução ocorrerá somente em um curto prazo, coincidindo com o período eleitoral.

De acordo com Alexandre Manoel, economista-chefe da AZ Quest Investimentos, essas discussões que estão acontecendo no Congresso, referente à redução de tributos, estava pautada para ocorrer em 2024, no entanto, foram antecipadas devido ao período eleitoral e o alto índice de rejeição do atual presidente da república, Jair Bolsonaro, que possui a máquina pública em mãos. Desse modo, a PEC das Bondades, ou PEC Kamikaze, está diretamente contribuindo para essa dinâmica de deflação.

“A inflação segue como um evento muito preocupante, com núcleos pressionados. E a política fiscal não está contribuindo no curto prazo para essa desaceleração“, aponta Manoel.

Destarte, para Tatiana Nogueira, economista da XP, “Devemos continuar com essa dinâmica inflacionária, que tem uma inflação de serviços alta e ainda acelerando. E pode acelerar um pouco mais ou demorar para cair justamente por conta do Auxílio Brasil que vai aumentar o rendimento disponível das famílias e manter a demanda aquecida por mais tempo, deixando a inflação elevada por mais tempo“.