Economia
Produção industrial da China ganha força e consumo apresenta melhora em agosto
Setor cresceu no ritmo mais forte registrado no período de oito meses. Dados indicam recuperação econômica no país, conforme a demanda começa a melhorar da crise do coronavírus.
A produção industrial da China vem ganhando força, e em agosto acelerou no ritmo mais forte em oito meses. Além disso, as vendas varejistas tiveram um aumento pela primeira vez neste ano, dando indícios de recuperação econômica no país, conforme a demanda começa a melhorar da crise do coronavírus.
Com o estímulo de Pequim, a queda anual do investimento em ativos fixos entre janeiro e agosto também se moderou. Entretanto, as autoridades permanecem cautelosas sobre as perspectivas considerando os riscos externos elevados, entre eles a intensificação das tensões sino-americanas.
De acordo com o economista-chefe do Nomura, Ting Lu, a demanda externa forte, a recuperação da pandemia e a demanda reprimida das enchentes contribuíram para os dados positivos de atividade em agosto. “Esperamos mais recuperação, embora gradual, do setor de serviços, uma melhora contínua nas vendas no varejo e elevado crescimento do investimento em ativo fixo”, acrescentou.
Dados divulgados pela Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira (15) mostram que o crescimento da produção industrial acelerou a 5,6% em agosto sobre o ano anterior, sendo este o ritmo mais forte registrado no período de oito meses.
O resultado superou as expectativas de analistas consultados pela Reuters, que projetavam um aumento de 5,1% ante alta de 4,8% em julho.
As vendas no varejo também ficaram acima do esperado, com alta de 0,5% na comparação anual, interrompendo sete meses de queda e diante de projeção de estagnação. No mês de julho, embora as vendas tenham recuado 1,1%, a confiança do consumidor tem melhorado recentemente.
A queda no investimento em ativos fixos desacelerou, registrando queda de 0,3% entre janeiro e agosto sobre o mesmo período do ano anterior, comparado com expectativa de perda de 0,4% e declínio de 1,6% nos sete primeiros meses do ano.
No setor privado, o investimento em ativos fixos, que responde por 60% dos investimentos totais, caíram 2,8% entre janeiro e agosto, comparado com queda de 5,7% no sete primeiros meses. O investimento imobiliário, outro importante motor de crescimento, também acelerou no mês passado, registrando o melhor ritmo em 16 meses.
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