Prisma Fiscal aumenta projeção de déficit primário para 2020 e 2021

De acordo com o Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira, economistas consultados pelo Ministério da Economia esperam um rombo primário ainda maior para este ano e para o próximo mas, ainda assim, os níveis são um pouco melhores que do governo.

Em 2020, os economistas estimam que o rombo primário seja de 855,318 bilhões de reais, conforme mediana das estimativas, para o governo central (composto por Tesouro, Banco Central e Previdência Social). No relatório anterior feito no mês passado, a projeção era de 822,608 bilhões de reais.

Mesmo com a pior, os números estão melhores do que os do Ministério da Economia, que prevê déficit primário de 866,4 bilhões de reais em 2020, já levando em conta a extensão do auxílio emergencial até o fim do ano.

Para 2021, eles prevêem rombo de 226,000 bilhões de reais para o governo central, mais do que o anteior, que era de 213,882 bilhões de reais.

Já o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do próximo ano mostra que o governo espera déficit primário de 233,6 bilhões de reais para o governo central em 2021.

Em razão do do estado de calamidade pública causado pelo surto de coronavírus, o governo não precisará cumprir a meta de um déficit de 124,1 bilhões de reais estipulada para este ano.

Mesmo tendo definido um valor no PLOA para o rombo do próximo ano, o governo pediu flexibilidade no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para que a meta seja mudada sempre que as receitas para o próximo ano forem recalculadas, modelo que precisa ser aprovado pelo Congresso.

Ainda segundo o novo Prisma, a expectativa para a dívida bruta sobre o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de a 94,55% do PIB em 2020, mais do que os 94,30% vistos antes. Por fim, para 2021, a projeção piorou a 95,60% do PIB, ante 95,00% do PIB no relatório anterior.