Automobilística
Carro de Erasmo Carlos que ilustrou capa de álbum é uma relíquia
Além de atuar, compor, cantar e escrever, Erasmo Carlos tinha outra paixão: carros. Saiba a história do veículo do artista que vale mais de R$ 1 milhão.
No dia 22 de novembro, o Brasil perdeu um dos maiores nomes da música nacional, aos 81 anos de idade. Com mais de seis décadas de carreira, Erasmo Carlos, também conhecido como Tremendão, fez parte do movimento da Jovem Guarda no Brasil, ao lado do rei, Roberto Carlos.
Junto ao seu parceiro profissional, Erasmo compôs canções como “Além do Horizonte”, “Emoções”, “Gatinha Manhosa” e “Sentado à Beira do Rio”, e mesmo que você não goste desse gênero musical, certamente conhece ao menos uma música fruto dessa parceria.
Ao longo de sua carreira, o Tremendão lançou 29 discos, participou de mais de sete filmes e teve suas canções como trilha sonora de algumas novelas. Graças a isso, foi muito homenageado e recebeu alguns prêmios.
Além de compor, cantar, escrever e tocar inúmeros instrumentos, Erasmo Carlos tinha uma outra paixão: os carros. Com a fama, seu primeiro carro adquirido foi um Rolls-Royce Silver Wraith. Ele comprou o carro feito sob encomenda e fabricado pela H. J. Mulliner de Adhemar de Barros, um ex-governador de São Paulo.
O modelo do veículo é de 1948, e foi o próprio Adhemar de Barros que realizou pessoalmente sua encomenda. Há apenas mais um carro com as mesmas configurações no Brasil.
Na época, o carro custou cerca de 22 milhões de cruzeiros. Se convertido para a moeda atual, esse valor seria, em média, R$ 450 mil. Atualmente, um Rolls-Royce Silver Wraith bem conservado pode valer mais de R$ 1 milhão. Hoje, o carro está sendo preservado por um colecionador paulistano.
O álbum lançado em 1967 leva o próprio nome do cantor teve o carro estampado em sua capa. Na biografia de Erasmo Carlos, o carro que passou pouco tempo com ele também foi citado.
Erasmo contou que, durante as gravações do filme “Minha Fama de Mau”, foi necessário que um motorista particular dirigisse o veículo, isso por causa da junção entre o difícil tráfego em São Paulo e o desafio da condução com a mão inglesa.
Antes de sua morte, o proprietário do “ex-carro” de Erasmo o alugava para cerimônias de casamentos por meio de sua empresa. O filho do colecionador afirmou que o carro recebia uma grande demanda de encomenda e nunca deixou ninguém na mão.
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