E se você soubesse que água que bebemos tem mais de 4,5 bilhões de anos? Entenda

Existem diversas teorias que rondam a comunidade científica acerca da água que bebemos em nosso cotidiano. Uma delas afirma que essa água pode ter mais de 4,5 bilhões de anos.

Essa teoria, em especial, retorna à época em que o sistema solar surgiu. Se a água que temos no planeta hoje, surgiu nessa época, de fato, ela deve ter mais de quatro bilhões de anos.

No entanto, não é possível voltarmos ao tempo para observar o processo de criação pela qual passou o nosso sistema solar.

Por outro lado, os avanços tecnológicos que surgem — principalmente, no campo da astronomia — nos possibilita observar o surgimento de outros sistemas, similares ao nosso.

Observando outros sistemas solares, podemos observar que a jovem estrela, que se tornará o centro do núcleo, carrega consigo os elementos necessários para a criação da água, sendo eles, oxigênio e hidrogênio.

Dessa forma, esses dois elementos químicos vão se transformando durante quatro etapas, até chegar ao planeta em formação.

As quatro etapas para formação da água

Existem quatro etapas para que a água chegue à forma a qual a conhecemos, sendo a primeira, uma nuvem. Essa nuvem é composta, principalmente, de hidrogênio, no entanto, possui traços de outros elementos químicos, como oxigênio, hélio e até partículas de poeira.

Dentro dessa nuvem, devido às baixas temperaturas, o oxigênio acaba ficando congelado. O hidrogênio, por sua vez, não tem o impedimento e circula pela nuvem. Dessa forma, o hidrogênio acaba encontrando o oxigênio congelado e, juntos, formam gelo. E, assim, chega ao fim a primeira etapa.

A segunda etapa, por sua vez, acontece graças à gravidade. Isso porque as partículas de gelo são atraídas umas pelas outras e acabam se juntando no núcleo da nuvem, podendo ser chamada de protoestrela.

Quando esse processo acontece, a temperatura acaba subindo, indo para 100 kelvin, o que é cerca de -173º C. Dessa maneira, o gelo acaba condensando e se tornando vapor.

A penúltima fase acontece quando se forma o disco protoplanetário. Dessa maneira, a nuvem gasosa acaba se tornando um disco em torno da estrela que a originou.

O vapor de água que se formou sai do centro e torna às beiradas, se acumulando sobre as partículas de poeira que existem dentro da nuvem.

Por fim, na última etapa, a gravidade se torna a responsável por reorganizar essas partículas na configuração do sistema solar. Se levarmos em consideração o nosso, podemos observar que nessa época os asteroides e planetas já estão em suas posições.

Dessa maneira, a água que estava acumulada nos fragmentos que foram responsáveis pela criação do planeta Terra está presente até hoje no mundo em que vivemos.

Cientistas conseguem datar a água na Terra, graças ao que chamamos de “água pesada”, que por mais que seja composta de duas moléculas de hidrogênio e uma de oxigênio, como a que conhecemos, o hidrogênio de sua composição é diferente, possuindo o nome de deutério.

Um estudo foi feito e publicado no GeoScienceWorld Elements, que afirma algo entre 1% e 50% da água que temos hoje no planeta Terra se originou na criação do sistema solar, há mais de 4,5 bilhões de anos.