Economia
O que vai acontecer com as dívidas dos consignados solicitados pelo Auxílio Brasil? Veja
Os beneficiados do Auxílio Brasil que optaram pelo crédito consignado poderão ter suas dívidas perdoadas? Saiba o que deve acontecer.
Desde seu início, o empréstimo consignado, que seria dedicado aos beneficiários do Auxílio Brasil, passou por duras críticas. Embora essa prática seja comum no país, nunca havia acontecido desse empréstimo ser atrelado ao repasse de um benefício social, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada) ou o Auxílio Brasil.
A maior preocupação relacionada a esse consignado era o fato de que ele comprometia a renda, que poderia ser a única que a família possuía.
Diante dessa problemática, o novo governo, antes de assumir a presidência, já havia afirmado que não iria mais permitir que esses consignados fossem oferecidos a essa parcela da população, mas nada foi dito sobre aqueles que já haviam sido solicitados.
No entanto, a recente fala do novo Ministro do Desenvolvimento Social traz esperança às famílias que se encontram endividadas. Um dos maiores problemas e polêmicas relacionados ao consignado dedicado aos beneficiários do programa social eram os juros cobrados.
Para se ter uma ideia, os servidores públicos, quando beneficiados por um consignado, pagavam juros de apenas 1,72% ao mês. No entanto, as famílias de baixa renda, que necessitam de um programa social para seu sustento, recebiam juros ao mês entre 2,9% e 3,5%.
Diante disso, diversos especialistas da área financeira confirmaram os malefícios de uma população em situação de vulnerabilidade endividada.
Nova gestão
Assim que as eleições acabaram e o novo governo foi eleito, já surgiram posicionamentos contrários a esse consignado.
O atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), logo após as eleições, já havia se declarado contrário ao empréstimo consignado, mas também afirmou que perdoar a dívida dessa parcela da população não seria bom aos cofres públicos.
Mas, o que foi dito pelo atual Ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, ao Estadão, segue na direção contrária.
O ministro afirma que existe a possibilidade de ser concedido o perdão às dívidas dessa parcela da população. Para além disso, também vem sendo estudado um programa para que seja possível renegociar essas dívidas. No entanto, Dias acrescenta que será necessário avaliar o quanto isso irá impactar nos cofres públicos.
Outro ponto a se destacar é que, além da Caixa Econômica Federal, outros bancos privados ofereceram o serviço.
Portanto, ainda não é possível saber se a anistia seria oferecida apenas aos beneficiários que solicitaram pela Caixa ou para quem solicitou em outros bancos também.
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