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Investidores de renda fixa do Nubank levam prejuízo com Americanas

Muitos clientes tomaram um susto quando abriram o app do Nubank e descobriram um rendimento negativo. O motivo era o rombo da Americanas.

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Lojas americanas faz Nubank ter prejuízo

O rombo nas americanas acertou também os clientes do Nubank que aplicam em renda fixa. Os investidores do Nu Reserva Imediata descobriram que, se aplicassem a partir de um real na reserva, 1% desse valor era aplicado em lojas Americanas.

O fundo tem um patrimônio de quase 2,6 bilhões e é vendido como produto de baixo risco da ferramenta Caixinha. As ações da americanas também eram considerados de baixo risco.

Muitos clientes tomaram um susto quando abriram o app do Nubank e descobriram um rendimento negativo nos investimentos que a pessoa tinha reserva imediata. E a notícia não é animadora: o mesmo problema que pode acontecer de novo.

Sempre que um investimento rende mais do que 100% do CDI, ele tem mais risco do que o próprio CDI, pois acaba investindo em outros ativos que não são de renda fixa.

Rombo da Americanas

Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), Itaú (ITUB4) e BTG (BPAC11) são os bancos mais expostos aos empréstimos da gigante brasileira do varejo Americanas, de acordo com uma análise do Citi publicada na segunda-feira.

Segundo o relatório, a exposição em relação ao total de empréstimos dos bancos é de 1,6% para o BTG, 0,6% para o Santander, 0,5% para o Bradesco, 0,3% para o Itaú e 0,1% para o Banco do Brasil.

Em valores, o Bradesco é o banco que mais emprestou à Americanas, com R$ 4,7 bilhões, seguido pelo Santander (3,7 bilhões de reais), Itaú (3,4 bilhões de reais), BTG (1,9 bilhão de reais) e Banco do Brasil ( 1,3 bilhão de reais).

O Citi estima que o impacto financeiro no lucro líquido dos bancos pode variar de 3% a 7% para Santander, BTG e Bradesco. No caso do Itaú e do Banco do Brasil, o impacto deve variar de menos de 1% a 3%.

Um caso isolado

Analistas do Citi veem o caso da Americanas como uma situação isolada, mas com impacto limitado no setor bancário brasileiro.

“Reiteramos nossa visão de que o caso da Americanas é mais um caso isolado do que uma tendência entre as empresas, com impacto limitado no setor bancário”, diz o relatório da equipe liderada por Rafael Frade.

Na segunda-feira, as ações dos bancos tiveram forte queda após a decisão da Justiça favorável à Americanas, na sexta-feira, 13 de janeiro, suspendendo a execução antecipada das dívidas da empresa. O juiz do caso deu à empresa 30 dias para apresentar um plano ou decidir se entrará com um pedido de recuperação judicial.

Em seu relatório, o Citi diz acreditar que um acordo com os credores é a solução mais provável para o caso no momento.

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