Será que Dilma vai dar o salto? Novo cargo e salário alto em aberto no Banco dos Brics

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) pode estar prestes à assumir a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (em inglês, NDB), também chamado de Banco dos Brics.

O Brics é formado pelos seguintes países: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, por isso, a sigla.

Conforme a assessoria de Dilma, essa indicação para a presidência da instituição é uma maneira para reaproximar os governos do Brasil e da China, já que a ex-chefe do Executivo brasileiro tem relações já estabelecidas com o presidente Xi Jiping.

O presidente Xi Jiping estava no poder enquanto Dilma teve mandato. Outro fator importante é que a sede do banco fundado em 2014 fica em Xangai.

Os países fundadores têm 26% do Produto Interno Bruto (PIB) de todo o mundo, concentrando 42% da população mundial, sendo que o banco ainda recebeu, recentemente, alguns novos membros: Uruguai, Egito, Bangladesh e Emirados Árabes Unidos.

Assim, caso Dilma realmente assuma a presidência dessa instituição, terá um salário de aproximadamente R$ 290 mil mensais, além de poder se tonar a primeira mulher brasileira a liderar um banco multilateral.

Isso porque o último balanço anual, que foi divulgado pelo NDB, demonstrou que os valores gastos com os salários dos seis cargos de chefia do banco foram de US$ 4 milhões no ano. Já que são cinco cargos de chefia, a presidência e demais cinco vice-presidentes.

Dessa maneira, caso as remunerações sejam feitas de maneira igualitária, cada um desses líderes receberia US$ 55,5 mil mensais, o que equivale a, aproximadamente, R$ 290 mil por mês.

Entretanto, para que Dilma possa realmente oficializar sua posição no cargo, é necessário que o atual presidente do banco, Marcos Troyjo, renuncie ao cargo. Ele foi indicado por Jair Bolsonaro (PL) e possui mandato válido até 2025.

A expectativa para aqueles que desejam Dilma Rousseff na presidência do banco é de que Troyjo seja transferido para o governo do estado de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), conforme conversas paralelas que ganharam força.