Padronização das fachadas de redes de fast-food nos EUA: por que isso está acontecendo?

As fachadas de estabelecimentos de redes de fast-food nos Estados Unidos estão deixando de apresentar uma identidade visual única, como acontecia antigamente. Cores, telhados coloridos, personagens, entre diversos outros elementos que tornavam cada local diferente dos demais, estão cada vez menos presentes na arquitetura desses ambientes.

Essas escolhas eram utilizadas para chamar a atenção de clientes, principalmente após a década de 50, quando a expansão desse tipo de negócio ganhou força nas estradas. Seja McDonald’s, Pizza Hut ou Burguer King, cada empresa tinha sua estratégia visual para atrair consumidores.

No entanto, esses ambientes únicos, coloridos e chamativos deixaram de existir e abriram espaço para imagens mais patronizadas. Mas por que isso aconteceu?

Mudança na estratégia

Atualmente, a presença dessas marcas na internet traz muito mais impacto do que a sua arquitetura exposta nas ruas. Com a modernidade, a representatividade, as cores e as promoções veiculadas de forma on-line, surgem novos métodos de atrair mais clientes.

E acontece porque a internet é capaz de alcançar muito mais pessoas do que apenas aqueles que circulam pela frente do estabelecimento.

Dessa forma, o investimento das empresas de fast-food deixou de ter como foco um visual diferenciado. Por outro lado, há um forte gasto com marketing on-line e presença pesada nas redes sociais, afinal, se manter presente na internet é um divisor de águas na era da tecnologia.

Antes, cidades que contavam com diversos restaurantes como esses tinham que lidar com uma certa poluição visual, já que a arquitetura era pensada para chamar atenção, e esse foi um dos motivos da criação de certas regulamentações pelos governos.

Vale ressaltar também que o visual menos chamativo e lúdico traz a ideia de sofisticação, um ponto positivo principalmente quando a rede quer alcançar um público mais “premium”. Por isso, os estabelecimentos vêm investindo em um design mais limpo, com cores sólidas, para representar produtos e serviços em suas versões mais sofisticadas.

Ainda assim, as novas escolhas não deixam de representar a identidade visual das redes de fast-food, mas agora isso é feito de uma forma bem menos exagerada, diferente do que se costumava ver anos atrás.