Tecnologia
Computação quântica: Google busca avanço significativo na tecnologia!
Google está rumando para que seja possível um computador quântico com uso comercial; entenda mais sobre essa tecnologia.
Atualmente, os assuntos que seriam bastante complicados há alguns anos estão cada vez mais comentados e noticiados com normalidade. Um exemplo disso é estarmos falando de “inteligência artificial” e “computação quântica” com uma frequência que sequer imaginávamos.
Na última quarta-feira, 22, o Google publicou um estudo na revista científica Nature, em que demonstra a construção de um inimaginável “qubit lógico”. Isso é a unidade principal de funcionamento de um computador quântico.
A gigante das pesquisas já havia se distanciado bastante de outras empresas concorrentes, como Microsoft e IBM e, ao que tudo indica, deu mais uma arrancada nessa corrida pela computação quântica que seja funcional comercialmente.
O que é computação quântica?
De início, de maneira bastante simplificada, um computador quântico é capaz de resolver situações que são impossíveis até o momento, sendo capaz de quebrar a criptografia de outras tecnologias, além de compreender estruturas mais complexas, como moléculas.
Agora, conforme o estudo publicado pelo Google, a performance de sua nova pesquisa está cada vez mais próxima do que é atualmente considerado o mínimo necessário para que a computação quântica seja utilizada, tanto para ciência quanto para a indústria.
Isso porque essas máquinas, apesar de todas as funcionalidades que podem oferecer, têm um problema bem grande em relação ao seu uso comercial: a arquitetura dos computadores.
Os computadores quânticos são feitos com qubits, ou bits quânticos, que enviam mais informações, mas ao mesmo tempo estão mais propensos a erros, o que inviabiliza seu uso na indústria.
Entretanto, o Google parece estar cada vez mais próximo de solucionar esse empecilho. Como foi demonstrado no estudo, foram conectados vários qubits físicos, capazes de operar como um único qubit lógico, sendo testadas as integrações entre 17 a 49 qubits físicos.
Tal procedimento, normalmente, leva ao entrelaçamento ou emaranhamento, que faz com que uma partícula responda às mudanças de outra, mesmo enquanto separadas. Entretanto, o Google criou um novo e eficiente algoritmo de correção, que, conforme explica a empresa:
“Nas condições certas, quanto mais qubits físicos forem usados para construir um qubit lógico, melhor [ele] se torna“.
Mesmo assim, cabe ressaltar que a próxima etapa ainda está um pouco distante, já que menos erros não significam, necessariamente, que a computação quântica está próxima de chegar aos mercados industriais, restando apenas aguardar para conferir mais.
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