Agronegócio
“Mal da vaca louca”: entenda o que é essa doença e o ela que provoca nos bovinos; Confira!
A doença, popularmente chamada de “mal da vaca louca”, atinge bovinos, e mesmo que não existam casos no Brasil, é importante conhecê-la.
Você já ouviu falar sobre o “mal da vaca louca“? Esse é o nome popular da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença que atinge os bovinos em seu sistema nervoso.
Não existem vacinas ou remédios para esse mal que afeta o sistema nervoso central dos bovinos. Essa doença pode fazer com que os animais tenham reações exageradas a estímulos externos, dificuldade na locomoção e nervosismo.
O que causa a doença?
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a teoria mais aceita é de que o príon, causador da doença, é derivado de uma proteína normal da membrana celular sensível à protease.
Essa proteína passa por uma mutação, que dá origem a sua forma “anormal” que, por sua vez, se multiplica e se acumula nas células do sistema nervoso central dos bovinos.
Transmissão da doença
Existem duas formas de se transmitir a doença. A forma considerada “clássica” se dá pela alimentação dos animais, o que muitas vezes pode acometer mais de uma vaca de um mesmo rebanho.
Essa contaminação é feita pela ingestão de alimentos que provêm de carcaças, muitas vezes suplementos proteicos que contêm farinha feita de carnes e ossos.
No Brasil, esse tipo de suplemento foi proibido, de início, em 1996, quando o governo proibiu alimentos que utilizassem as farinhas a base de ossos e carnes. Em 2009, a medida se tornou definitiva, explicando que qualquer alimento que tenha derivados de origem animal não devem ser utilizados para alimentar os ruminantes.
A transmissão considerada “atípica” é, na verdade, a forma natural da doença, quando ela se desenvolve por uma mutação espontânea na célula. Geralmente, é comum em bovinos mais velhos e não é relacionada à alimentação.
É preciso entender também que o diagnóstico da doença só é feito após o abate do animal, quando se dá início às análises do sistema nervoso. Para se ter a confirmação, é utilizado o exame histológico seguido da técnica imuno-histoquímica.
Existe um correspondente para os humanos?
Há sim um correspondente do “mal da vaca louca” para os humanos, conhecido como Creutzfeldt-Jakob (DCJ) e ocorre quando se consome a carne desses animais contaminados.
Pessoas que acabam por adquirir essa doença apresentam sintomas psiquiátricos, além de alterações nas funções motoras.
Como já citado, o Brasil proíbe a existência de proteína animal na alimentação dos ruminantes, dessa forma, desde 2005, não há nenhum registro da doença no país.
Em 2023, foram identificados casos atípicos da doença em animais mais velhos, por meio dos quais não há transmissão. Em sua forma clássica, no Brasil não há o registro de casos.
Segundo a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), o Brasil tem um risco insignificante para o “mal da vaca louca”, isso desde 2012.
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