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Economia

Grande indústria do Brasil vende fábricas para evitar falência

A Paranapanema, fundada em 1995, enfrenta momento financeiro delicado, e o risco de não se reerguer é considerado alto por analistas.

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A Paranapanema, um dos maiores grupos industriais do Brasil do segmento de metais não ferrosos, está colocando até fábricas à venda para tentar evitar a própria falência.

Fundado em 1995, o grupo enfrenta um momento financeiro considerado de alto risco. Pessoas do setor já avaliam que, na atual situação, é quase impossível a empresa conseguir se reerguer. O mesmo foi destacado por uma consultoria contratada pelo grupo para viabilizar a reestruturação.

Em novembro do ano passado, a Paranapanema entrou na Justiça com um pedido de recuperação judicial no valor de R$ 450 milhões.

Valor da dívida

A dívida atual da empresa é avaliada em mais de R$ 3 bilhões, junto a bancos nacionais e internacionais, e os acionistas mais relevantes não estão dispostos a desembolsar quantias para capitalizar o negócio.

A saída encontrada tem sido a venda de ativos estratégicos para o funcionamento do grupo, incluindo fábricas, imóveis e uso de créditos estratégicos.

Produção reduzida

Hoje a empresa opera com capacidade reduzida de produção – apenas 35%. Recentemente, a unidade do grupo na Bahia (metalurgia de cobre) chegou a ficar parada por 38 dias.

A ideia é adotar esse funcionamento mínimo para garantir uma maior economia e contenção dos gastos. A expectativa é que as ações tomadas para reerguer o grupo consiga arrecadar cerca de R$ 180 milhões.

O prazo estipulado para que isso ocorra, conforme as previsões internas, é de seis meses. Acredita-se que os ativos das fábricas da Eluma em Santo André (SP) e Serra (ES) consigam atrair o interesse de compradores.

Investimento

No início de 2016, o grupo chegou a investir R$ 56 milhões na modernização da fábrica localizada no interior paulista, o que permitiu duplicar a produção de tubos retos de cobre, passando de 500 para 1 mil toneladas por mês.

Agora, a unidade é uma das que estão prontas para negociação. À época, a fábrica de Santo André era composta por 650 trabalhadores na produção e outros 350 em áreas administrativas.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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