Crise na indústria automotiva: montadora reduz produção e corta empregos em meio a desafios do mercado

Uma grande montadora de automóveis teve de fazer uma demissão em massa este mês, devido à baixa demanda de encomendas do exterior. A Stellantis, produtora dos modelos Citroën C3 e C4 Cactus e Peugeot 2008, fica em Porto Real, no Rio de Janeiro e está fechada desde o Carnaval.

No final de 2022, 340 novos funcionários foram contratados, para que o novo Citroën C3 fosse produzido, mas, com a baixa produção, a fábrica fará a demissão destes funcionários e voltará às atividades no dia 6 de março, com um turno de produção. A empresa publicou uma nota:

“A unidade passa a concentrar a produção de automóveis em um turno de capacidade ampliada, com maior eficiência e agilidade para melhor responder às demandas do mercado”.

Embora muitos dos funcionários demitidos estivessem em fim de contrato, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense se reuniu com a montadora para que a demissão fosse feita dentro dos parâmetros e sejam garantidos os direitos dos funcionários.

De acordo com o membro do conselho, Raimundo de Freitas, o advogado do Sindicato já havia sido informado e esteve trabalhando na apuração do caso de demissão em massa.

Após o anúncio da demissão e redução de turno pela montadora, passou a circular nas redes sociais que a fábrica seria fechada, sendo a demanda produzida no Rio de Janeiro, transferida para a fábrica de Minas Gerais, na cidade de Betim.

Porém, de acordo com a empresa, essa notícia é falsa e a fábrica continuará aberta. Em nota, a empresa disse que a informação “trata-se de uma clara fake news” e que o expediente no Rio de Janeiro continuará ativo.

Embora tenha sido observada uma possível queda neste começo de ano, 2022 teve um aumento de 28% nas exportações, em relação ao ano anterior. Ao todo, foram 481 mil unidades de veículos exportados.

Para este ano, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) previu uma exportação menor de veículos, devido à queda no mercado automotivo da Argentina. A previsão é que esse número caia em cerca de 3%, o que gera uma preocupação na fabricante.