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E-commerce chocante: Impostos Shein Superam Produtos
Entenda porque ultimamente tem ocorrido uma série de reclamações sobre os valores das taxações das vendas de certos e-commerces.
A taxação de empresas de comércio eletrônico, como Shein, AliExpress, Shopee e Wish, foi a notícia mais destacada nesta semana. Muitos usuários estão relatando que o valor da taxa é mais caro do que o produto em si.
Essa insatisfação ocorre em meio às críticas do governo federal, que alega que essas empresas estão evitando pagar impostos sobre as vendas.
Conforme as regulamentações em vigor, as compras efetuadas por pessoas físicas de até US$ 500 estão sujeitas a uma taxa de imposto de importação correspondente a 60% do valor aduaneiro, o qual engloba o valor da compra, o frete e o seguro, se aplicável.
No entanto, há outras taxas para compras entre US$ 500 e US$ 3.000, que é o limite de importação para indivíduos. Um comprador, que optou por não se identificar, revelou em entrevista ao Estadão que adquiriu um produto da Shein no valor de R$ 187,75 e foi tributado em R$ 225,29.
Isso significa que ele precisará pagar esse valor destinado à Receita Federal para poder retirar o pacote nos Correios. O valor cobrado não corresponde com as normas estabelecidas, portanto, acabou sendo ainda mais caro do que o próprio produto comprado.
Ao entrar em contato com a Shein, o cliente foi informado de que seria provável que ele precisasse pagar esse valor devido às regras cada vez mais rígidas, embora a empresa tenha afirmado que isso normalmente não ocorre.
O jornal Estadão também questionou a empresa sobre suas declarações e políticas de reembolso, mas não obteve nenhuma resposta até o momento.
É o fim da Shein?
Durante a pandemia, a Shein ganhou popularidade no país devido às vendas online impulsionadas nesse período e aos baixos preços oferecidos em seu site.
O sucesso levou à inauguração de uma loja física em São Paulo em novembro de 2022, que atraiu muita atenção devido aos tumultos e longas filas.
Diante dessa situação, o ministro da Economia, Fernando Haddad, propôs uma taxação, e a Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPME) pediu ao governo federal que estudasse a ideia de aplicar as taxas o mais cedo possível.

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