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Tecnologia

Criadora do ChatGPT pagará até R$ 100 mil para quem revelar bugs no sistema

OpenAI cria programa de recompensas após notícias negativas sobre o chatbot. Valor vai oscilar conforme a gravidade da falha identificada

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A OpenAI, empresa responsável pela criação do ChatGPT, deu uma missão especial para os usuários da inteligência artificial, e com uma possibilidade de recompensa em dinheiro.

Na última terça-feira (11), a companhia anunciou que ofertará quantias altas para quem identificar problemas ou falhas no sistema do chatbot. Vale lembrar que ele já está disponível para uso de todos.

Essa estratégia faz parte do programa OpenAI Bug Bounty, que enviará até US$ 20 mil para as pessoas que revelarem bugs importantes. Na cotação em real, isso equivale, hoje, a quase R$ 100 mil.

Regras e valores

Conforme as regras do programa, os valores pagos vão variar conforme a magnitude dos problemas reportados. A princípio, segundo a agência Reuters, cada falha identificada valerá pelo menos US$ 200, ou seja, quase R$ 1 mil.

A iniciativa segue uma tendência já conhecida no setor de tecnologia. As organizações costumam lançar programas de recompensa como uma forma de incentivar os profissionais da área e até mesmo os hackers.

Os pagamentos serão feitos por meio do site Bugcrowd. Ele é um sistema de segurança cibernética, que interliga pesquisadores e desenvolvedores com as empresas, visando a análise de produtos, principalmente, antes da liberação no mercado.

Convidados

A OpenAI enviou convites para diversos estudiosos pedindo que eles participem do processo de revisão de determinadas funções do ChatGPT.

Eles devem verificar, dentre outras coisas, a estrutura do software e o modo como as informações estão sendo compartilhadas com outros aplicativos.

Um aspecto importante do programa de recompensas é que informações inverídicas ou com características maliciosas não serão consideradas bugs. O ChatGPT já possui mais de 100 milhões de usuários ativos.

Investigação

O anúncio da ação surge depois que a ferramenta começou a ser alvo de reportagens e decisões negativas. O chatbot chegou a ser banido na Itália por questões interpretadas como ameaças à privacidade.

Órgãos reguladores de outros países ficaram em alerta e começaram a questionar, também, o uso de novos dispositivos de inteligência artificial.

Apesar da capacidade de diálogo e resposta a perguntas variadas, o ChatGPT tem sido muito criticado por profissionais de áreas diversas. Segundo eles, não dá para confiar nas informações fornecidas pelo sistema.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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