Economia
Tesouro Direto pode ficar ainda mais atrativo com novo projeto do governo
Para popularizar o Tesouro Direto, governo planeja permitir que os títulos sejam usados como garantia de empréstimo. Entenda.
O Tesouro Direto é um programa de investimentos criado no ano de 2002 pelo Tesouro Nacional, que permite às pessoas físicas adquirirem títulos públicos federais. Os títulos são ativos de renda fixa, muito populares por conta de sua acessibilidade, rentabilidade e segurança.
Agora, a ideia da equipe econômica do Tesouro Nacional é trazer um pacote de novos produtos para popularizar ainda mais esse investimento, conforme informou o secretário Rogério Ceron ao Estadão.
Ceron informou que a intenção é permitir que os títulos públicos sejam utilizados como caução de aluguel e garantia de financiamentos, além de outras medidas interessantes ao público, como o lançamento de cartões de presente, a possibilidade de adquirir o título em conjunto e muito mais.
“Estamos colocando muita prioridade no programa Tesouro Direto e vamos lançar um pacotão de coisas muito bacanas para popularizá-lo, criar um contexto para que cheguem à baixa renda”, disse o secretário durante entrevista.
Mudanças no Tesouro Direto
Uma das ideias do Tesouro é permitir que os títulos sejam utilizados como garantia para financiamentos bancários e até mesmo para a aquisição de automóveis, além de outras frentes que podem ser abertas conforme o projeto sai do papel.
Outra proposta é que os papéis sejam utilizados como um atrativo e diferencial por parte das empresas, que podem oferecer aos funcionários a destinação dos investimentos para os filhos, criando assim um contexto para chegar até a população com menos renda.
Agora, uma das inovações mais interessantes é a possibilidade de utilizar os papéis como caução ao alugar um imóvel, tornando o Tesouro Direto mais útil e, consequentemente, ainda mais popular na sociedade brasileira.
Isso porque, atualmente, o locatário tem basicamente duas opções: ou garante um certo período do aluguel em depósito feito antes de adentrar o imóvel, ou encontra um fiador. Na situação do depósito, o dinheiro não tem rendimentos.
Títulos públicos para a universidade
Além das mudanças mencionadas, outra ideia que circula sobre o projeto é a criação de um título com vencimento de três a 18 anos, voltado para pais que pretendem se programar financeiramente para arcar com os custos da universidade dos filhos, mesmo que parcialmente.
Assim, esse investimento realizará pagamentos em parcelas fixas durante um período de 4 a 5 anos, que é o tempo da faculdade, diferentemente dos títulos tradicionais, que oferecem retornos mensais. Caso o filho não frequente a faculdade, ainda é possível sacar os recursos.
Ainda no âmbito da educação, os títulos também poderão ser utilizados como uma ferramenta para incentivar as políticas públicas em relação aos alunos da rede estadual, por exemplo. Será possível recompensar alunos com recursos do governo local, aumentando a expectativa de vida desses jovens.
Outros métodos para acumular os papéis
Por fim, estão sendo estudados mais três métodos de aquisição dos investimentos: um por meio das famosas “vaquinhas” – investimentos coletivos feitos entre familiares ou amigos, por exemplo -, e outro de cartões-presente, assim como várias empresas já o fazem.
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