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Economia

Com trégua fiscal, cena externa deve ditar ritmo dos negócios

O IPCA subiu 0,64% em setembro, acima da taxa de agosto, de 0,24%. Esse é o maior resultado para um mês de setembro desde 2003, quando o indicador foi de 0,78%.

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O último dia da semana e véspera do feriado prolongado deve ser tranquilo, pelo menos no que se refere à questão fiscal. Lá fora, os investidores seguem confiantes que o mini pacote de ajuda à economia dos Estados Unidos possa acontecer antes das eleições, em 3 de novembro. Às 9h05, o Ibovespa futuro registrava alta de 0,15%, aos 97.845 pontos.

Ontem, o senador Marcio Bittar, relator do projeto Renda Cidadã, afirmou que é melhor deixar para apresentar a proposta do novo programa após as eleições municipais. Com isso, os investidores terão uma trégua sobre essa questão até lá. Isso, no entanto, não quer dizer que o mercado deixou de se preocupar com esse tema, até porque o risco fiscal é crescente e ainda não se sabe de onde virão os recursos para bancar o programa social.

Também ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, anunciaram a nova agenda de reforma administrativa e afirmaram que a comissão deve ser formada ainda este mês. Durante sua fala, Maia parabenizou o ministro pelos desafios e reforçou a urgência da reforma. “Nós temos urgência, mas não devemos ter pressa. Devemos fazer um trabalho junto com o Poder Executivo e equipe econômica”. Depois, Guedes também elogiou Maia e afirmou que estão juntos pelas reformas. “O Brasil está acima de quaisquer diferenças que possamos ter – que são pequenas”, disse. A pausa para a aliança deve repercutir bem no mercado.

Há pouco, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) variou 1,97% no primeiro decêndio de outubro, ante 4,41% no mesmo período de setembro. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 18,01% para 19,45%.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,64% em setembro, ficando acima da taxa registrada em agosto (0,24%). Esse é o maior resultado para um mês de setembro desde 2003, quando o indicador foi de 0,78%. No ano, a inflação acumula alta de 1,34% e, em 12 meses, de 3,14%, acima dos 2,44% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2019, o indicador havia ficado em -0,04%.

A expectativa de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos, confirmado ontem pelo presidente Donald Trump, animou os investidores. A ajuda adicional é essencial para a continuidade da recuperação da economia norte-americana. Ontem, os investidores reagiram positivamente à informação de que Trump, não pretende continuar resistindo às negociações entre os democratas e os republicanos para ampliar o suporte ao emprego e à renda no país.

Na véspera, foram divulgados os pedidos de seguro-desemprego que voltaram a indicar que o desemprego segue elevado. Na semana passada, o número de novos pedidos de seguro-desemprego ficou em 840 mil, abaixo da semana anterior, de 849 mil.

Em Nova York, o índice futuro do Dow Jones registrava valorização de 041%, aos 28.245 pontos.

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