Venda da Garoto para Nestlé finalmente aprovada! O que esperar do futuro da fábrica?

Há mais de 20 anos, no ano de 2002, a Nestlé anunciou a compra da Garoto, uma das maiores fabricantes de chocolate do Brasil. No entanto, o que parecia um negócio simples acabou se transformando em uma longa novela, envolvendo questões de concorrência, patrimônio cultural e até mesmo identidade nacional.

Agora, passadas mais de duas décadas de impasses e negociações, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) finalmente aprovou a fusão das duas empresas de delícias, mas com algumas condições, que serão abordadas no decorrer deste texto.

A venda da Garoto para a Nestlé foi anunciada em 2002, época em que a multinacional suíça já era líder no mercado brasileiro de chocolate, com aproximadamente 34% de participação, enquanto a Garoto tinha importantes 24% do setor. Juntas, elas dominariam mais da metade do mercado, o que preocupou o Cade.

Tanto que, em 2004, a autarquia brasileira decidiu pela reprovação da fusão, determinando que a Nestlé vendesse a Garoto para outra empresa, o que não aconteceu. A multinacional recorreu judicialmente e conseguiu manter a Garoto, mas sem poder integrar as marcas ou efetuar investimentos na fábrica brasileira.

Desse modo, a Garoto continuou operando como sempre, mas agora sob a supervisão da Nestlé, que seguiu tentando reverter a decisão do CADE ou encontrar alguma outra solução, o que permitiria a fusão das marcas.

Agora, mais especificamente na quarta-feira, 7º do atual mês, o CADE finalmente resolveu o imbróglio jurídico, aprovando a compra. A fusão oficializada deve trazer benefícios para as duas empresas e para os amantes de chocolate, mas qual será o futuro da fábrica brasileira?

Como mencionado, a fusão foi permitida, mas com algumas condições, como os “remédios comportamentais”, visando manter uma concorrência leal no mercado de chocolates brasileiros. Assim, em resumo, a fábrica da Garoto, localizada em Vila Velha, no Espírito Santo, não pode ser fechada, pelo menos nos próximos sete anos.