Bancos
Setor de seguros deve crescer 9% este ano, atingindo receita de R$ 239,8 bilhões
Em 2022, desempenho desse mercado, que cresceu 19,9%, foi impulsionado pelo segmento de ramos elementares
Impulsionado pelo crescimento de 24,3% do segmento de ramos elementares – que obteve uma receita de prêmios, ou valor pago pelo cliente à seguradora, de R$ 113 bilhões – o mercado de seguros apresentou alta de 19,9% (mais R$ 36 bilhões) no ano passado, ao atingir uma receita global de aproximadamente R$ 220 bilhões.
Para 2023, a previsão da seguradora Allianz, constante do “Relatório Global de Seguros” – estudo que avalia o desenvolvimento dos mercados de seguros em todo o mundo – é de uma expansão de 9% no setor, que deve auferir uma receita de R$ 239,8 bilhões.
Por segmentos, dois deles registraram o que analistas consideraram, crescimento robustos. São eles os prêmios de vida, com aumento de 14,8% (R$ 46 bilhões) e prêmios de saúde, com avanço de 15,9% (R$ 61 bilhões). Tais desempenhos, porém, continuam aquém do segmento mais relevante, de ramos elementares (P&C), que respondeu por uma receita de R$ 268 bilhões, seguido do segmento vida (R$ 152 bilhões) e de saúde (R$ 147 bilhões).
Numa estimativa mais conservadora, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) projeta crescimento de 0,2 pontos percentuais (10,9% para 11,1%) da arrecadação do setor.
No plano mundial, o relatório da Allianz revelou que a receita global de prêmios de seguros chegou a R$ 29,4 trilhões, no ano passado, com a maior participação do segmento vida (R$ 13,7 trilhões), seguido dos ramos elementares (R$ 9,5 trilhões) e de saúde (R$ 5,8 trilhões). Já o pool de prêmios globais subiu R$ 1,36 trilhão, ou 4,9%, levando em conta uma inflação global de 8,6%.
Para o economista-chefe do Grupo Allianz, Ludovic Subran, “o setor de seguros não pode atuar diretamente na inflação, mas pode suavizar o impacto ao longo do tempo, atuando como uma espécie de amortecedor. De acordo com o Eurostat, por exemplo, a inflação em seguros Pessoais, como Automóvel e Residência, ficou atrás da inflação global por uma ampla margem no ano passado. O seguro é um amortecedor essencial, pois suaviza a curva do ciclo econômico para seus clientes”.
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