Google revela: Seguir a paixão na carreira pode não ser o melhor caminho

Provavelmente, você já ouviu o famoso conselho para “seguir sua paixão” em relação à profissão que deve buscar para si, não é verdade? No entanto, conforme o pesquisador de experiência do usuário do Google, Oliver Siy, esse conselho pode não ser a melhor opção para todos.

Siy é o principal autor de uma pesquisa, recentemente publicada na revista Psychological Science, onde foram examinadas as teorias implícitas de interesse — a ideia de que os interesses pessoais são relativamente desenvolvidos (teoria do crescimento) ou fixos (teoria fixa).

De acordo com os dados obtidos, quando os estudantes e adultos foram aconselhados a seguir a paixão, foram escolhidos campos mais consistentes com o que era esperado de seu gênero, o que pode acabar sendo extremamente sexista.

Isso porque as mulheres optaram por empregos na área da saúde ou nas artes, enquanto os homens foram atrás de carreiras em negócios e ciência. Um pouco estereotipado demais, principalmente para o momento em que vivemos, não acha?

Desse modo, a pesquisa foi capaz de apontar que o conselho de seguir a paixão em relação à profissão pode acabar limitando as escolhas de carreira das pessoas e contribuindo para a escassez de mulheres no campo STEM, sigla em inglês para ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Então, se não aconselhar a seguir a paixão, qual deve ser o conselho? Na verdade, Siy sugere que cada um deve se concentrar e se dedicar para desenvolver os interesses ao longo do tempo, e não tentar encontrar uma paixão que já exista e se submeter a trabalhar com algo relacionado a ela.

Resumidamente, o conselho popular de “seguir sua paixão” na carreira não é, nem de longe, o mais adequado para todos. Claro que em alguns casos, pode funcionar, mas não é a máxima que aparenta ser. De acordo com Oliver Siy, o principal é descobrir o que te encanta com o passar do tempo e explorar diferentes opções de carreira.