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Tecnologia

👀 Foco na Google: Justiça investiga uso de dados para treinar IAs

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O Google virou alvo de um grande processo judicial, depois de ter extraído dados de milhões de usuários sem o consentimento deles para treinar e desenvolver sistemas de inteligência artificial.  

A notícia veio à tona na última terça-feira (11). Conforme o conteúdo da ação coletiva, a empresa violou as leis de direitos autorais dos Estados Unidos. Ela foi apresentada em um tribunal federal da Califórnia pela Clarkson Law Firm.  

O processo atinge não só o Google, mas também a sua controladora Alphabet e a subsidiária de inteligência artificial ligada à gigante de tecnologia, DeepMind.

Ação anterior e alegação contra o Google

A mesma empresa autora da ação já entrou com um processo semelhante contra a OpenAI, responsável pela criação do ChatGPT, no mês passado.  

A ação alega que o Google estaria roubando secretamente tudo que já foi criado e compartilhado na internet por milhões de pessoas dos Estados Unidos para treinar seus produtos de IA, como o chatbot Bard.

O texto afirma, ainda, que o Google tomou conta de toda a vida digital das pessoas, incluindo “trabalhos criativos e escritos” para desenvolver sistemas de IA.  

A reclamação cita, também, que uma atualização recente da política de privacidade do Google afirma, claramente, que a empresa pode usar dados e informações acessíveis ao público para treinar a inteligência artificial.  

Até então, Google, Alphabet e Deep Mind não se pronunciaram sobre o caso.

Direitos autorais

O processo protocolado pela  Clarkson Law Firm vem justo no momento em que uma safra de novas ferramentas de IA estão surgindo e ganhando espaço no mercado. A maioria delas se destaca, justamente, por produzir textos e imagens para corresponder às solicitações dos usuários.

Essa produção, no entanto, não seria possível sem o uso de dados e materiais disponíveis na internet. Por isso, na ação, a empresa cita as questões de direitos autorais de obras que estão sendo utilizadas para aprimorar a capacidade das IAs.

Em entrevista para a CNN, um dos advogados da Clarkson, Tim Giorgano, disse:

“O Google precisa entender que ‘disponível ao público’ nunca significou livre para usar para qualquer finalidade. Nossas informações pessoais e nossos dados são nossa propriedade e são valiosos, e ninguém tem o direito de simplesmente pegá-los e usá-los para qualquer coisa.”

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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