Agronegócio
Inovação no campo: O futuro chegou com um combustível inovador e o agro deve liderar essa revolução
O presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio e Amônia Verdes, o empreendedor Leandro Borgo, esteve bastante ocupado nos últimos meses. O gestor passa a maioria do seu tempo participando de reuniões com representantes estrangeiros, além de nomes do alto escalão do governo brasileiro.
Assim, todo esse trabalho árduo tem uma única finalidade: discutir sobre a participação do Brasil em leilões do setor de energia limpa da Europa e maneiras de implementar esse tipo de tecnologia geradora aqui mesmo.
Atualmente, nosso país está demonstrando muito interesse em participar do fornecimento do famoso “hidrogênio verde“, um combustível cuja obtenção se dá a partir de eletrólise com água, e tudo isso é feito usando fontes renováveis.
Dessa forma, diante de tanto interesse na área, espera-se que a produção de energia renovável continue em franca expansão. Logo, até o ano de 2030, cerca de 110 mil GW de energia solar, 3.500 GW de biomassa e 28 mil GW de energia eólica devem ser gerados em terras brasileiras.
O cenário brasileiro é realmente propício?
Como foi dito antes, recentemente o Brasil passou a se interessar muito pelas tecnologias de geração energética autossustentável, e diversos empresários e políticos estão se unindo para viabilizar a implementação de uma cadeia de hidrogênio verde por aqui.
Por isso, os estados da região Nordeste estão na frente nesse quesito, uma vez que são os mais próximos do continente europeu, geograficamente falando. Inclusive, já podemos ver várias empresas públicas e privadas investindo em projetos desse nicho.
Por exemplo, em Pernambuco, uma chamada White Martins controlava uma inteira usina de hidrogênio verde, e de início eles pretendiam atender à demanda local, mas nada impedia que uma expansão futura trouxesse, ainda mais com o franco crescimento da procura.
Conforme os cientistas, por aqui esse insumo tão importante deve ser usado para abastecer o setor de transportes e também como apoio para descarbonizar as áreas de petróleo, mineração, gás e siderurgia. Entretanto, para viabilizar um cenário comercial forte em médio e longo prazo, será preciso investir R$ 200 bilhões até 2040.
Portanto, a criação de incentivos fiscais está sendo amplamente estendida, e recentemente alguns empresários atuantes no ramo de energias renováveis se encontraram com o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, para discutir tais possibilidades.
Conforme o divulgado, durante a reunião também falou-se na geração de hidrogênio por meio da queima de biomassa oriunda de cana-de-açúcar, além do aproveitamento do etanol. Uma vez que o estado é referência na produção de cana, ostentando quase 60% do produto que circula nacionalmente.
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