Tecnologia
Instagram entra na onda do conteúdo pago: o que isso significa?
Conteúdos pagos não deverão superar os gratuitos, conforme afirmam alguns especialistas em redes sociais.
Plataformas como a Twitch e o OnlyFans já possuem um farto histórico de modelos de conteúdo pago. Agora, o Instagram também visa aderir a essa modalidade, trazendo muitas expectativas para o futuro da famosa rede social.
As pessoas que atuam profissionalmente no ambiente estão se perguntando de que forma as mudanças afetarão quem produz material sem fazer parte de nenhum plano pago em especial. Lembrando que essa discussão está em curso desde que o Instagram Subscription foi anunciado no começo do ano passado (2022).
Em números atualizados, a empresa que agora é controlada pela Meta conta com 2 bilhões de usuários ativos ao redor do mundo. Os algarismos já estão chegando próximos dos 2,96 bilhões de internautas que usam o Facebook, o que mostra o índice de crescimento elevado ocorrido nos últimos tempos.
Afinal, do que se trata essa versão paga?
O Instagram Subscription nada mais é do que um serviço de assinatura, cujo valor pode ser definido pelo próprio criador e variar entre US$ 0,99 e US$ 99 (algo em torno de R$ 5 e R$ 99 em valores atualizados para o Real).
Essa novidade já está disponível nos Estados Unidos, e agora pessoas elegíveis em países como Canadá, Austrália, Alemanha, França, Brasil, México, Japão, Reino Unido, Itália e Espanha vão poder ativar suas assinaturas e assim ganhar dinheiro dos fãs.
Então, para alguns especialistas, as modificações vão beneficiar os profissionais que vivem de criar conteúdo, afinal eles ganham mais uma maneira de obter lucros. Entretanto, isso não deve substituir os materiais gratuitos presentes na plataforma.
Como acontece com tudo o que está no início, ainda existe um caminho bastante longo a se percorrer para que esse modelo se popularize de forma generalizada nas redes sociais e possa trazer dividendos mais exponenciais para quem adere.
Inclusive, a título de curiosidade, já havia influencers cobrando por materiais exclusivos dentro do Instagram, bem antes do Subscription ser anunciado. Eles faziam isso utilizando o Close Friends, que publica Stories que podem ser somente visualizados por um grupo de contatos restritos pelo proprietário da conta.
A diretora artística da agência de cultura Digital Mynd, Mariana Campos, faz coro às vozes de diversos experts da área que já opinaram antes e diz que a popularização das assinaturas traz enormes vantagens para o trabalho dos influenciadores.
“Quando ele cria uma assinatura para um determinado canal, ele está criando mais uma linha de negócio e diversificando a sua fonte de renda, além de amplificar o seu conteúdo”, afirmou.
Campos ainda pontua que, apesar de no momento esse tipo de prática ser mais comum em sites voltados para produções adultas, como o OnlyFans (já citado) e o Câmera Privê, a tendência é que cada vez mais recursos dessa natureza tenham seu uso ampliado em diversos lugares.
“Acredito que essa é uma tendência para o futuro e que vai se expandir para diversos nichos e segmentos”, apontou.
Por fim, apesar de crer que essa novidade será mais comum nos meios on-line conforme o tempo passar, a gestora disse que esse novo negócio não será suficiente para colocar um fim nas produções de caráter gratuito. Portanto, aqueles que estão preocupados não precisam ter medo.
“Creio que veremos cada vez mais presente nas plataformas, mas nunca tomando o lugar por completo das ferramentas já existentes. Assim como as ‘publis’ coexistem com os conteúdos orgânicos de dicas etc. Acredito que o modelo por assinatura se tornará um serviço a mais prestado pelos influenciadores”, finalizou.
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