Pix: cuidado com o novo golpe que promete renda extra

Você já ouviu falar do novo “golpe do momento” que está fazendo vítimas por todo o país? Trata-se de uma armadilha que os criminosos usam para atrais pessoas em busca de uma renda extra, mas que podem acabar perdendo muito dinheiro.

O esquema funciona assim: os golpistas oferecem uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil, realizando tarefas simples, como assistir e avaliar vídeos em plataformas como o TikTok ou avaliar estabelecimentos pelo Google. Em troca, oferecem quantias baixas, como R$ 10, R$ 20 ou, em alguns casos, até um pouco mais.

O problema é que, após uma certa quantia de atividades feitas e pagas, os criminosos informam que, para continuar tendo acesso aos pedidos, é preciso fazer um Pix, normalmente em valores que vão de R$ 120 a R$ 1.000, como uma espécie de “investimento”.

No entanto, o que acontece é que, logo após mandar o dinheiro, a vítima acaba sendo bloqueada e perdendo completamente o acesso aos grupos nos quais as atividades eram disponibilizadas ou ao contato do golpista em si, ficando apenas com o prejuízo.

Como o golpe funciona e como evitar?

Basicamente, os criminosos pegam os contatos de milhares de pessoas por meio de bancos de dados vazados, o que pode acontecer em contas de sites de aposta ou até mesmo nas redes sociais. Com os números em mãos, disparam mensagens aleatórias para uma grande quantidade deles.

Como as primeiras atividades são realmente remuneradas, muita gente se deixa levar pela promessa de mais dinheiro fácil e acaba fazendo a transferência do valor solicitado para continuar lucrando, e é principalmente aí que se encontra o erro.

Para se proteger, o ideal é não acreditar em nenhuma promessa de dinheiro fácil, já que isso nunca existiu e não é apenas porque vivemos em uma era tecnológica que isso se tornou possível. Se você, infelizmente, foi vítima desse golpe, é possível tomar uma atitude, como acionar o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central (BC) para a devolução do dinheiro perdido por vítimas de golpes financeiros.

Para isso, não é preciso fazer boletim de ocorrência, apenas entrar em contato com a sua instituição financeira e descrever o ocorrido. A análise pode levar até sete dias e, após confirmado o golpe, o valor é devolvido em até 96 horas.

É importante ressaltar que a prática, além de abusiva e lesiva às vítimas, é considerada crime, pois se enquadra na descrição de estelionato, conforme dita o artigo 171 do Código Penal, de modo que os golpistas podem enfrentar de um a três anos de reclusão como consequência.