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Agronegócio

O agro ‘fora da caixinha’ para quem quer fazer diferente, agora ou logo mais

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À parte a movimentação de rotina dos mercados de commodities, nesta sexta (29) três informações mal foram lembradas, mas são resgatadas aqui porque mostram potencialidades de novos negócios.

Mais ainda porque estão fora da caixinha convencional, o que cria oportunidades, imediatas ou futuras, de quem pensa em diversificar produção ou fazer diferente.

Biocombustíveis diferentes

A ADM, uma das maiores tradings de grãos do mundo e a Syngenta, uma das líderes em sementes e defensivos, decidiram partir para um acordo de pesquisa e comercialização de novas variedades de oleaginosas com potencial para os biocombustíveis.

Já ouviu falar em camelina?

Da planta delicada, com flores amarelas, se extraí um óleo para pele, mas as duas multinacionais vão se dedicar a fazer dela uma cultura extensiva, já que seu extrato pode virar combustível misturado ao diesel.

Além de outras culturas que estão na mira, já que com o futuro programa Combustível do Futuro, que aumentará a exigência de blends, como no etanol e no SAF de aviação haverá necessidade de diversificação das matrizes de biomassa.

Dinheiro para o “verde”

Se essa acima dos biocombustíveis é coisa para o futuro, essa daqui nem tanto: Certificados de Recebíveis do Agronegócio para grãos “verdes”.

O Santander e o Rabobank montaram uma operação de CRAs Verdes (conversão zero de mata nativa) que financiará 122 produtores do Matopiba e do Mato Grosso.

Serão destinados R$ 232,2 milhões a juros abaixo do mercado para aqueles que se comprometerem a fazer diferente, mesmo que não goste muito dessa política de sustentabilidade.

Soja na “praia”

Noves fora a área muito pequena, já se vislumbra plantar soja e milho no norte fluminense.

Não é algo para muito longe no tempo, isso porque no Espírito Santo já se tem soja, ainda que também em área pequena.

O Mapa já está no Rio de Janeiro vendo 300 mil hectares com potencial imediato de colocar o estado no calendário e no Zarc, instrumento que delimita o zoneamento agrícola inclusive para seguro rural.

A região ainda tem um pouco de cana, mas a cultura foi arrasada e só tem duas usinas pequenas.

A diversificação é necessária e viável para pequenos produtores familiares.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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