Commodities
Aumento da tensão no Oriente Médio ‘aquece’ cotações do petróleo
Enquanto tipo Brent subiu 1,38% a US$ 91,71 o barril, WTI avançou 1,73%, a US$ 86,91 o barril
Acompanhando o aumento drástico da tensão no Oriente Médio, após o bombardeio e morte de 500 civis inocentes em um hospital na Faixa de Gaza, na última terça-feira (17), as cotações do petróleo apresentam viés de alta firme, nesta quarta-feira (18).
De acordo com informações do Valor Econômico, no final da manhã de hoje (18), o contrato futuro do tipo Brent (referência global), negociado para dezembro próximo, registrava alta de 1,38% a US$ 91,71 o barril, ao passo que o tipo WTI (referência ianque), para igual mês, avançava 1,73%, cotado a US$ 86,91 o barril.
Segundo relatório do banco holandês ING, “o mercado do petróleo está ganhando força no início da manhã, à medida que as tensões aumentam, após um atentado a bomba em um hospital em Gaza, que foi seguido pelo cancelamento de uma cúpula da Jordânia com os líderes árabes e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden”.
Em meio à escalada no conflito militar em Israel, analistas entendem que os dados de estoque de petróleo, a serem divulgados nesta noite, pelo grupo comercial API “também fornecerão um pouco de suporte ao mercado”. Até o momento, os estoques de petróleo bruto dos EUA contabilizam redução de 4,38 milhões de barris, além do estimado pelo mercado.
Enquanto isso, o Irã eleva ainda mais a temperatura na região, ao defender a adoção de um embargo de petróleo contra Israel, por parte de países muçulmanos, como ‘punição’ (segundo o país persa) pela suposta autoria do bombardeio ao hospital em Gaza, que deixou centenas de mortos e incontáveis feridos. A nação judaica, por sua vez, atribuiu o ataque ao grupo radical Jihad (guerra santa, na tradução livre para o árabe) islâmica.
O estrago da destruição do hospital também teve sua versão diplomática, com o cancelamento da reunião entre os líderes da Jordânia, do Egito e da Autoridade Palestina com o presidente dos EUA, Joe Biden, que havia chegado à região nesta quarta, com essa finalidade.
Para o analista da corretora de petróleo PVM, John Evans, “esta mudança diplomática gera novamente o medo da propagação do conflito e, portanto, levando a um salto no petróleo”.
Já o analista do Commonwealth Bank of Australia Vivek Dhar, avalia que “uma longa ocupação se aproxima como o cenário que empurra os futuros do petróleo Brent acima de US$ 100/barril porque aumenta o risco de que o conflito entre Israel e Hamas se expanda e potencialmente atraia diretamente o Irã”.
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