Google reinventa o jogo: as senhas tradicionais estão com os dias contados?

O Google vive em constante mudança e alteração de suas diretrizes. A mais recente delas coloca em xeque o destino das senhas tradicionais, como as conhecemos hoje em dia.

A companhia anunciou que implantará um novo modelo, consistindo na aplicação de chaves de acesso como método de autenticação em todas as contas Google.

Essa transição já foi feita pela Apple e tem se apresentado, cada vez mais, como uma boa alternativa para as big techs, já que as chaves de acesso são compatíveis com inúmeros sites e aplicativos.

Além disso, o uso desse tipo de método auxilia no aprimoramento da segurança e da privacidade do usuário. No ano passado, Google, Microsoft e Apple anunciaram um compromisso para aumentar o suporte para login sem senha.

Mas o que é chave de acesso?

A chave de acesso é um tipo de login que usa criptografia para garantir a segurança na autenticação de acessos a sites e aplicativos. Em geral, ela é mais segura, pois usa combinações que fogem de obviedades, como “1234”.

Alguns exemplos de chaves de acesso são: escaneamento do rosto, impressão digital ou cliques em um botão específico. Ou seja, são mecanismos que dificultam a vida do hacker, que vive tentando acessar contas remotamente.

Além disso, essa nova forma de login tem impulsionado também o uso de geradores de senha, que são programas capazes de armazenar uma grande quantidade de nomes e senhas com maior segurança.

Alguns dos aplicativos mais utilizados hoje para esse serviço são: Dashlane e 1Password.

Benefícios

Entre os benefícios do uso de chaves de acesso em substituição às senhas tradicionais, destaca-se o fato de que o usuário não precisa mais memorizar ou digitar senhas. As chaves são capazes de substituir não apenas as combinações numéricas, mas também os códigos de autenticação em dois fatores.

Além disso, cada chave é única. Portanto, não há risco de duplicação ou reutilização dela, sem mencionar que elas não serão usadas em sites falsos, geralmente utilizados para aplicar golpes.

Outro destaque é que a chave de acesso exige um contato físico com o dispositivo para acessá-lo. Ou seja, hackers não conseguirão roubá-la de servidores ou utilizá-la à distância.

Disseminação

Hoje, cada vez mais empresas estão se rendendo a essa tecnologia e ao uso de gerenciadores de senhas. Uber e Amazon, por exemplo, fazem parte desse grupo.

No caso da Apple, uma das primeiras a adotar esse modelo, as chaves de acesso para IDs Apple são configuradas automaticamente, desde que você esteja usando iOS 17, iPadOS 17 e MacOS Sonoma.

Um fato importante é que, no caso da Apple, as chaves do ID não são salvas em gerenciadores de senhas de terceiros. Tudo é interno. Se o Face ID falhar, por exemplo, o site solicitará a senha do dispositivo.