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Shein joga R$ 100 milhões no cofrinho brasileiro: saiba quem pegou
Renegociações de dívidas e parceria estratégica com a Shein em meio a desafios financeiros. Entenda a crise da empresa têxtil e os acordos firmados com a Shein.
A empresa chinesa Shein concedeu um empréstimo de US$ 20 milhões à Coteminas (CTNM3; CTNM4), uma varejista brasileira, como parte de um acordo firmado em abril deste ano para auxiliar a Coteminas na recomposição de seu capital de giro. Esse empréstimo, com prazo de vencimento de três anos, pode ser convertido em ações.
Crise na empresa têxtil
Em 2022, a Coteminas encerrou o ano com um prejuízo de R$ 670 milhões, mais de quatro vezes o prejuízo de 2021. Isso se deve a uma combinação de fatores, incluindo a proximidade do vencimento de 85% de seus empréstimos bancários em 2023 e uma queda de 30% na receita em relação ao ano anterior.
Como resultado, a Coteminas iniciou uma renegociação de suas dívidas com instituições financeiras.
Além disso, suas subsidiárias buscaram um “waiver” aos detentores de debêntures, buscando um perdão temporário com adiamento no pagamento dessas obrigações.
Os pareceres dos auditores da Coteminas e de sua controlada, a Springs Global Participações, destacaram que o contrato de empréstimo entre a TopFashion no Brasil (uma empresa da Shein) e a Companhia Tecidos Santanense, controlada pela Coteminas, foi acordado com um único vencimento para junho de 2026, com pagamento de juros anuais.
Esse empréstimo foi estruturado na forma de empréstimos conversíveis em ações da empresa têxtil, dando à Shein a opção de se tornar acionista da Coteminas. Paralelamente, a Coteminas fechou um acordo para fornecer matéria-prima à Shein.
É importante notar que duas mil confecções parceiras da Coteminas também têm a possibilidade de se tornarem fabricantes terceirizados e fornecedores da Shein.
Embora a Shein pudesse ter estabelecido essa parceria diretamente com essas confecções, como já faz em outras regiões do país, onde colabora com mais de 200 fábricas, optou por conduzir essa união por meio da têxtil.
A transação financeira correspondente a esse acordo foi injetada na Santanense, uma controlada da Coteminas que enfrentava desafios operacionais em julho.
Este acordo teve a aprovação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, devido ao seu potencial para gerar renda. Foi resultado de uma reunião entre Josué Gomes, proprietário da Coteminas, e Marcelo Claure, o principal executivo da Shein.
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