Automobilística
Carros elétricos perdem força com nova reforma tributária
Surpresa na reforma tributária: benefícios estendidos aos motores a combustão até 2032, desfavorecendo veículos elétricos.
O incentivo para a indústria de carros elétricos, um ponto crucial na luta contra as mudanças climáticas e pilar para a promoção da sustentabilidade, foi recentemente desafiado no Brasil.
Em um movimento surpreendente, a reforma tributária revisada apresentada nesta terça-feira (7) desfigurou o artigo que privilegiava os veículos de propulsão elétrica e híbrida, estendendo os benefícios também aos motores de combustão interna até dezembro de 2032.
A emenda permite que montadoras que utilizar biocombustíveis ou derivadas de petróleo e cumprir certos critérios podem usufruir dos incentivos fiscais.
Reação do setor automotivo
Essa alteração, feita na véspera da apresentação do relatório, é vista como um retrocesso significativo por especialistas e líderes da indústria, como Fábio Rua, vice-presidente da General Motors.
Segundo Rua, a decisão cria uma competição desigual entre os carros mais poluentes e os elétricos, ameaçando a segurança jurídica e desincentivando a inovação e a adoção de tecnologias limpas.
Ele alerta para as consequências graves: “Temos que agir e evitar que esse artigo, como foi apresentado hoje, seja aprovado na comissão de Constituição e justiça e depois no plenário do Senado.”
Esse movimento pode significar um afastamento dos investimentos em eletrificação no país, o que preocupa várias montadoras. Eles temem que os planos de investimento em veículos elétricos no Brasil possam ser reembolsados.
Conflitos e consequências
O caso da Stellantis é especialmente notável, pois a empresa seria mais beneficiada pelos subsídios federais propostos, o que distorce o mercado e coloca as marcas do grupo em vantagem fiscal diante dos concorrentes.
Enquanto todas as montadoras usufruem de incentivos, principalmente relacionados a tributos estaduais como o ICMS, a Stellantis se beneficia de subsídios federais com um impacto muito mais amplo.
O cenário desenha uma contradição direta com os objetivos do programa Mobilidade Verde, que pretende posicionar o Brasil como um líder em sustentabilidade e atrair investimentos externos para tecnologias limpas.
No entanto, se o incentivo à indústria de carros a combustão para exclusão, o país pode transmitir uma mensagem negativa ao mundo, contradizendo os seus próprios compromissos com o clima e a descarbonização.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado discutirá e votará o texto, e a decisão final recairá sobre o plenário do Senado. O resultado dessa votação terá implicações profundas não apenas para o mercado automobilístico brasileiro, mas também para o compromisso do país com um futuro mais limpo e sustentável.
-
Tecnologia2 dias atrás
Já conhece o cavalo robô lançado por Elon Musk?
-
Criptomoedas2 dias atrás
24 anos de prisão: homem cai em armadilha do WhatsApp e mesmo assim é preso
-
Mundo2 dias atrás
Partiu? 5 países com o melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho
-
Tecnologia2 dias atrás
Alerta de segurança: golpe de taxa de entrega faz novas vítimas no WhatsApp
-
Economia2 dias atrás
Empreendedores que abrem CNPJ perdem o Bolsa Família? Veja regras
-
Tecnologia2 dias atrás
Transforme seu celular Xiaomi com estas 6 configurações importantes
-
Tecnologia1 dia atrás
WhatsApp agora permite esconder conversas para mais privacidade
-
Mercado de Trabalho2 dias atrás
Se você vai trabalhar no Natal e Ano Novo, deve conhecer seus direitos