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Agronegócio

O fim dos queijos favoritos? Por que brie e camembert estão em risco de extinção

Entenda a batalha dos queijos brie e camembert para não desaparecerem do nosso cardápio.

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Alguns dos queijos franceses mais apreciados, como o brie e o camembert, enfrentam um risco considerável de desaparecer. Especialistas alertam que a escassez de diversidade microbiana é uma grande preocupação. Segundo informações do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS), essa diversidade é crucial para a produção desses queijos.

Jeanne Ropars, uma cientista associada ao CNRS, destacou em entrevista à revista Culture a importância de preservar a variedade de microrganismos, essenciais para conferir as características únicas a cada tipo de queijo.

De acordo com o US Dairy, um portal de notícias especializado no mercado de laticínios, os queijos naturais compartilham uma base comum de ingredientes: leite, sal, coalho e bactérias benéficas. Esses componentes são fundamentais para criar as texturas, aromas e sabores distintos de cada queijo.

Inovação necessária para preservação

A história do “mofo branco”, descoberto em 1897, é um exemplo da importância da inovação na indústria do queijo. O fungo _Penicillium camemberti_ foi responsável por transformar o brie e o camembert nos queijos amados que conhecemos hoje, mudando sua cor e textura. Ropars ressalta a necessidade de diversidade para a sobrevivência desses queijos diante de alterações ambientais, incentivando a busca por alternativas ao _Penicillium camemberti_.

Um dos desafios é manter a qualidade do Penicillium camemberti, uma vez que a clonagem repetida pode introduzir erros ao genoma, afetando a produção e comercialização dos queijos. Além disso, muitos queijos franceses são protegidos pelas regras de Denominação de Origem Protegida (DOP), que vinculam o produto à sua região de origem. Qualquer mudança nos ingredientes pode necessitar de uma revisão dessas normativas.

Ropars sugere que poderemos precisar nos adaptar a variações do brie e do camembert, talvez com diferentes cores e sabores. Embora essa mudança possa parecer menor, é essencial para garantir a continuidade desses queijos no mercado.

Formada em Relações Públicas (UFG), especialista em Marketing e Inteligência Digital e pós-graduada em Liderança e Gestão Empresarial. Experiência em Marketing de Conteúdo, comunicação institucional, projetos promocionais e de mídia. Contato: iesney.comunicacao@gmail.com

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