Eletrobras assina com Green Energy e com o governo do Ceará; veja

A Eletrobras (ELET3; ELET6) anunciou que durante o evento World Hydrogen 2024 em Rotterdam, Holanda, assinou dois Memorandos de Entendimento. O primeiro foi firmado com a Green Energy Park Global B.V, visando contribuir para a produção de hidrogênio renovável e seus derivados a preços competitivos, com o intuito de impulsionar a economia verde e garantir a segurança energética. Já o segundo memorando foi assinado com o governo do estado do Ceará, com o objetivo de fornecer energia renovável e promover a descarbonização da economia, além de incentivar a cadeia de produção de hidrogênio de baixo carbono em futuros projetos industriais no estado.

O acordo estabelecido com a Green Energy Park tem potencial para alcançar até 10 Gigawatts, sendo que a Eletrobras participará dessa solução de suprimento de energia, por meio de uma plataforma única de produção de hidrogênio e derivados, que será projetada e implementada pela Green Energy Park.

Por sua vez, o acordo firmado com o governo do estado do Ceará prevê o fornecimento de energia renovável para os futuros projetos industriais locais, além da busca por soluções para o suprimento de energia elétrica em áreas onde estão sendo desenvolvidos projetos intensivos em energia.

Eletrobras (ELET3; ELET6)

Vale lembrar que a companhia obteve um lucro líquido de R$ 331 milhões no primeiro trimestre, representando uma queda de 19% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

No período de janeiro a março, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da companhia totalizou R$ 4,5 bilhões, também registrando uma diminuição de 19% em relação ao ano anterior.

A empresa destacou que um dos fatores que impactaram seu Ebitda foi a redução da receita com geração, devido ao não reconhecimento de uma receita de R$ 432 milhões da Amazonas Energia, distribuidora que foi privatizada em 2018. Além disso, a venda da usina térmica de Candiota também impactou negativamente a receita do trimestre em R$ 149 milhões.

Critério regulatório

Entretanto, a Eletrobras ressaltou que, no critério regulatório, excluindo o efeito da Amazonas Energia, o Ebitda ajustado do primeiro trimestre apresentou um aumento de 5%, totalizando R$ 5,4 bilhões.

Outro fator negativo no período foi o aumento dos custos operacionais, relacionados à energia adquirida para revenda, encargos sobre o uso da rede elétrica, construção e outros. No entanto, esses efeitos adversos foram parcialmente compensados pelo aumento da receita de transmissão e pela redução dos gastos com pessoal, material, serviços e outros, devido às economias geradas pelos programas de demissão voluntária.

A empresa também destacou os esforços na gestão de passivos, com uma redução de R$ 1,137 bilhão no estoque total da provisão do empréstimo compulsório em relação ao final de 2023, totalizando agora R$ 16 bilhões.