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Economia

Brasil está em 2º lugar no ranking de jovens ‘nem-nem’: não trabalham nem estudam

Entenda o desafio que essa geração de jovens representa ao país.

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O Brasil enfrenta um cenário preocupante em relação aos jovens que não estudam nem trabalham, sendo o segundo país com a maior proporção de jovens nem-nem entre 37 nações analisadas.

Com um percentual de 36% de jovens nessa situação, o país fica atrás apenas da África do Sul, o que representa um grande desafio em termos de inserção desses jovens no mercado de trabalho e na sociedade.

Afinal, o que está acontecendo com a juventude brasileira?

Um dos jovens que enfrentam essa realidade é Carlos Alberto Santos, de 18 anos, que, apesar de ter concluído o ensino médio e diversos cursos técnicos, está há dez meses sem emprego.

Ele faz parte do Projeto Quixote, em São Paulo, onde teve a oportunidade de participar de cursos que o preparam para o mercado de trabalho.

Embora se esforce e busque ativamente uma colocação no mercado, ele ressalta a importância de não apenas ter qualificação, mas também de ter oportunidades reais de trabalho.

A condição de jovens “nem-nem” está diretamente relacionada à origem socioeconômica, sendo mais comum entre jovens de famílias mais pobres.

Mulheres, em grande parte, acabam abandonando os estudos e o trabalho para cuidar da família, o que reforça a desigualdade de gênero e de renda.

Diante desse cenário, especialistas alertam para a necessidade de políticas públicas efetivas que possam auxiliar esses jovens a retornarem ao mercado de trabalho e à educação.

A pandemia de covid-19 agravou ainda mais a situação desses jovens, que tiveram de interromper suas atividades de formação e enfrentam um futuro incerto.

Para combater essa realidade, medidas como a busca ativa de jovens desengajados, políticas de permanência estudantil, capacitação socioemocional e mentorias individuais são essenciais.

Ademais, é importante criar políticas voltadas para o primeiro emprego, que garantam oportunidades dignas e qualificadas para os jovens que buscam entrar no mercado de trabalho.

Diante desse cenário complexo, é fundamental que o poder público, a sociedade civil e o setor privado se unam para encontrar soluções efetivas que possibilitem a reintegração dos jovens nem-nem na sociedade.

A valorização da educação, a criação de oportunidades de emprego e o combate à desigualdade são pilares essenciais para garantir um futuro próspero e digno para essa parcela da população tão vulnerável e necessitada de apoio.

Formada produtora editorial e roteirista de audiovisual, escrevo artigos sobre cultura pop, games, esports e tecnologia, além de poesias, contos e romances. Mãe de três curumins, dois cachorros e uma gata, também atuo ativamente em prol à causa indígena no Brasil.

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