Economia
Governo, indústria e produtor vão monitorar o preço do arroz
Um ‘freio de arrumação’, diz ministro.
Após uma reunião com representantes da indústria e produtores de arroz, o Ministério da Agricultura e Pecuária firmou um compromisso para monitorar os preços e estoques do produto no Brasil. A declaração foi feita ontem pelo ministro Carlos Fávaro durante o programa “Bom Dia, Ministro”.
“Todos concordamos que há arroz suficiente; esse arroz precisa chegar rapidamente à mesa com um preço justo, combatendo a especulação. Vamos monitorar. À medida que os preços se normalizem e não haja especulação, não será mais necessário realizar leilões”, afirmou. No mês passado, o governo organizou um leilão público para a compra de arroz importado, mas a licitação foi anulada devido a questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras.
“Houve toda uma polêmica. Só após o edital é que sabemos quem são os vendedores do arroz – e aqui não faço críticas pessoais. Parecia que nem todos teriam capacidade técnica para entregar arroz de qualidade. Temos que ser responsáveis com o dinheiro público. Tomamos a difícil decisão de cancelar o leilão e monitorar os preços do arroz”, explicou o ministro.
Arroz
Para Fávaro, o cancelamento do leilão serviu para “dar um freio de arrumação”. “A especulação no Mercosul cessou, os produtores gaúchos puderam, junto com a indústria, normalizar as entregas. Ainda há algumas regiões onde o preço está elevado, mais longe da região produtora. Por exemplo, em Manaus e Recife, o preço do arroz ainda está fora do normal”.
“Paralelamente ao monitoramento de preços e estoques, vamos incentivar o plantio de arroz. É determinação do presidente Lula que aumentemos o cultivo de arroz, para que tenhamos uma abundância semelhante à de soja, milho, carne bovina, suína e aves. Se houver excedente, vamos exportar, gerar renda no campo e saldo positivo na balança comercial brasileira”, concluiu Fávaro.
(Com Agência Brasil).
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