Economia
IBC-Br: Atividade econômica cresce 1,1% no 2TRI24
Levantamento do Banco Central.
A atividade econômica no Brasil registrou um crescimento no segundo trimestre, conforme informou o Banco Central (BC) dia 16. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) apresentou um aumento de 1,1% entre abril e junho em comparação com o trimestre anterior (janeiro a março), segundo dados ajustados sazonalmente.
Em comparação com o segundo trimestre de 2023, o crescimento foi de 2,8%, sem ajuste sazonal, já que a comparação ocorre entre os mesmos meses.
Focando apenas no mês de junho deste ano, o IBC-Br subiu 1,4% em relação a maio, alcançando 152,09 pontos, segundo dados dessazonalizados. Em comparação ao mesmo mês de 2023, houve um aumento de 3,2% (sem ajuste sazonal).
No acumulado do ano, o indicador registrou uma alta de 2,1%, enquanto em 12 meses, o crescimento foi de 1,6%.
Atividade econômica
O IBC-Br monitora a evolução da atividade econômica no país e auxilia o BC na definição da taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O índice engloba informações sobre a atividade econômica em setores como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos arrecadados.
A taxa Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para outras taxas de juros na economia. Por isso, ela é o principal instrumento do BC para atingir a meta de inflação.
Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é frear uma demanda aquecida, o que tende a conter a alta dos preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e incentivam a poupança. Assim, juros elevados ajudam a controlar a inflação, mas podem também dificultar o crescimento econômico. Por outro lado, ao reduzir os juros, o Copom torna o crédito mais acessível e estimula a produção e o consumo, mas isso pode enfraquecer o controle sobre a inflação.
PIB
O IBC-Br, divulgado mensalmente, utiliza uma metodologia diferente daquela empregada para calcular o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o BC, o índice “contribui para a formulação da estratégia de política monetária” do país, mas “não é exatamente uma prévia do PIB.”
No primeiro trimestre deste ano, o IBC-Br cresceu 2,5% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao último trimestre de 2023, o PIB cresceu 0,8%.
O PIB oficial referente ao segundo trimestre será divulgado pelo IBGE em 3 de setembro.
Superando as expectativas, em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.
(Com Agência Brasil).
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