Braskem: Justiça de Alagoas pede revisão de indenização

A Defensoria Pública de Alagoas ajuizou uma nova ação civil pública contra a Braskem (BRKM5), buscando a revisão dos acordos de indenização por danos morais que foram homologados pela Justiça. A ação solicita que o valor total pago seja de R$ 5 bilhões.

Subscrita por nove defensores públicos, a ação exige a revisão ou anulação de todos os acordos relacionados aos danos morais e à transferência de propriedades para a petroquímica, além da reavaliação das indenizações com base na situação de cada vítima.

O afundamento do solo, causado pela extração de sal gema, afetou pelo menos quatro bairros em Maceió, forçando milhares de famílias a abandonar suas residências. A Braskem informou que ainda não foi oficialmente notificada sobre a nova ação.

Braskem (BRKM5)

O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da Braskem de “market perform” (desempenho em linha com o mercado) para “outperform” (desempenho superior ao mercado), mantendo o preço-alvo em R$ 24 por ação. Isso representa um potencial de valorização de 33% em relação ao fechamento da última segunda-feira (2), que foi de R$ 18,09.

A equipe de research do banco prevê um forte aumento nos lucros para o segundo semestre deste ano, impulsionado pela desvalorização do real, preços mais altos de contêineres, possíveis impostos de importação e preços mais baixos do etano nos EUA, o que deve beneficiar a lucratividade da empresa no México. O BBI também acredita que o potencial de queda para as ações da Braskem é muito limitado.

Os analistas destacam que adicionar a Braskem aos portfólios pode oferecer proteção contra perspectivas cautelosas em relação aos preços do petróleo, uma vez que a empresa tem 50% de seus custos expostos às flutuações dos preços do petróleo.

Entre os riscos citados pelo banco está a possibilidade de uma recessão global, que poderia pressionar os preços da resina, e gastos adicionais relacionados a Alagoas, embora este último seja considerado improvável no momento.