Tecnologia
6G está prestes a chegar ao Brasil
Anatel planeja dividir a faixa de 6 GHz para implementar o 6G.
O Superintendente de Outorga e Recursos à Prestação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Vinícius Caram, revelou, em São Paulo, planos concretos da agência para a implementação do 6G.
A proposta inclui uma divisão estratégica da faixa de 6 GHz, crucial para a próxima geração de conectividade. No plano apresentado, 700 MHz serão destinados a serviços móveis, enquanto 500 MHz continuarão sendo utilizados para redes Wi-Fi.
Essa abordagem alinha o Brasil com tendências observadas na Europa e na Ásia, buscando atender às futuras necessidades do mercado tecnológico nacional e internacional.
Agência já estuda divisão de faixas para implementar o 6G – Imagem: reprodução
Plano de frequência e desafios
A proposta da Anatel é parte do novo Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixas de Frequências (PDFF).
A medida pretende acomodar quatro canais de aproximadamente 200 MHz cada, essenciais para operadoras móveis com a tecnologia 6G.
Vinícius Caram destacou ainda a importância de priorizar a faixa de 6 GHz para o 6G.
“O 6G vai precisar de 6 GHz. É mais fácil encontrar outra faixa para o Wi-Fi do que para o 6G“, explica o Superintendente da Anatel.
Tal decisão visa otimizar o uso do espectro disponível, garantindo eficiência na implementação da nova tecnologia.
Preocupações e considerações
Entretanto, a mudança não está isenta de desafios. Eduardo Neger, presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), revelou receios quanto à restrição do espectro para Wi-Fi, sobretudo com o Wi-Fi 7 exigindo 320 MHz por portadora.
O setor satelital, representado por Mauro Wajnberg da Associação Brasileira das Empresas de Telecomunicações por Satélite (Abrasat), expressou receios sobre possíveis interferências.
Contudo, a Anatel assegurou que as condições para o uso da faixa serão cuidadosamente definidas, incluindo a possibilidade de uso não licenciado, desde que não interfira nos serviços móveis. Essa iniciativa representa um passo importante para colocar o Brasil na vanguarda tecnológica.
Com essa abordagem, o país busca equilibrar as necessidades dos setores de telecomunicações, garantindo avanços significativos na conectividade móvel e preparando o cenário para a futura implementação do 6G.
*Com informações do portal Mundo Conectado.
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