Agronegócio
Não vai mais comprar: entenda decisão do Carrefour sobre carne do Mercosul
Rede varejista francesa decide interromper importações de carne do Mercosul influenciada por novas normas ambientais europeias.
O Carrefour decidiu interromper a compra de carne dos países do Mercosul para venda na França como parte de um posicionamento frente a uma nova legislação europeia. Essa decisão está alinhada com a proibição da importação de produtos oriundos de áreas desmatadas, prevista para 2025.
Anunciada pelo CEO Alexandre Bompard, a medida não impacta as operações do Carrefour no Brasil. Em comunicado, a empresa garantiu que suas atividades no país seguem normais, independentemente do novo direcionamento na Europa.
O anúncio foi feito em plataformas como Instagram e X, e dirigido a Arnaud Rousseau, presidente do Sindicato de Agricultores da França (FNSEA).
O grupo não especificou se a suspensão se aplica a todas as lojas europeias, limitando a confirmação ao mercado francês.
Contexto e reações
Esta iniciativa do Carrefour surge em meio a protestos de agricultores na França e à polêmica legislação que visa barrar produtos de áreas desmatadas. Essa lei, que inicialmente deveria valer em 2023, foi postergada para 2025.
Ademais, o caso remete à recente controvérsia da Danone, que chegou a informar que parou de importar soja brasileira, embora posteriormente tenha corrigido a informação. A situação expõe tensões no cenário comercial entre União Europeia e Mercosul.
O Ministério da Agricultura do Brasil e entidades como a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) ainda não comentaram a decisão.
O impacto potencial sobre o comércio com o Mercosul ainda é incerto, mas deverá ser monitorado devido às pressões ambientais crescentes.
Mensagem oficial do Carrefour
Em sua declaração, Bompard reafirmou o compromisso de proteger o mercado francês e incentivou outros setores a se unirem à causa.
Ele destacou o desafio enfrentado pelos pecuaristas franceses e a necessidade de uma resposta solidária e coordenada.
“Esperamos inspirar outros atores do setor agroalimentar e impulsionar um movimento mais amplo de solidariedade, além do papel da distribuição, que já lidera a luta em favor da origem francesa da carne que comercializa”, declarou.
O Carrefour, apesar da potencial oferta do Mercosul, afirma estar preparado para manter essa postura e reforçar seu apoio à produção local.
Essa decisão reflete um movimento estratégico para garantir a conformidade com as exigências francesas.

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