Veja quais tesouros históricos foram encontrados na reconstrução de Notre-Dame

O incêndio de 2019 na Notre-Dame, em Paris, foi um evento trágico. A destruição deixou marcas profundas no patrimônio histórico da França. No entanto, a reconstrução trouxe surpresas inesperadas.

Durante a cuidadosa remoção dos escombros, arqueólogos desenterraram valiosos achados históricos e artísticos. O processo não apenas restaurou a catedral, mas também enriqueceu o conhecimento sobre seu passado.

Comandada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Arqueológica da França (INRAP), a escavação da Notre-Dame revelou tesouros ocultos. O trabalho, que inicialmente duraria cinco semanas, estendeu-se por mais dois meses.

As descobertas incluíram mais de 1.000 fragmentos de obras de arte, que lançaram nova luz sobre a história da catedral. Algumas dessas preciosidades foram até exibidas no Musée de Cluny, com acesso ao público garantido até 2025.

A icônica Catedral de Notre-Dame passou por uma grande restauração após o incêndio – Imagem: Brasil Escola/reprodução

Descobertas inéditas

Entre as descobertas mais surpreendentes estava uma variedade de esculturas antigas, que se acreditava estarem perdidas há séculos.

Destacavam-se caixões de chumbo, um dos quais poderia pertencer ao poeta Joachim du Bellay, falecido em 1560. Essas relíquias oferecem um vislumbre fascinante da história enterrada da catedral.

O biombo do século XIII

Um dos achados mais emblemáticos foi um biombo de três metros, datado do século XIII. Originalmente, ele separava o coro e o santuário da visão do público.

Esse biombo foi quase completamente destruído no século XVIII, mas suas partes remanescentes ajudam a recontar a história da catedral. Entre as peças, foram encontradas estátuas de calcário, incluindo uma intrigante cabeça de Cristo.

Cabeça de uma estátua de Cristo e um dos caixões de chumbo encontrados em Notre-Dame – Imagem: Hamid Azmoun/Inrap/reprodução

Implicações futuras

Com a reabertura da Catedral de Notre-Dame em 7 de outubro, o público voltou a admirar sua majestade. No entanto, o futuro dos trabalhos arqueológicos permanece incerto.

A descoberta desses artefatos destaca a necessidade de preservação contínua. Segundo Christophe Besnier, proteger esses fragmentos é essencial para garantir sua sobrevivência e legado histórico.