Aposentada de 66 anos é obrigada a voltar ao trabalho; entenda

A aposentadoria é um marco na vida de muitos trabalhadores, por prometer descanso após anos de dedicação. Contudo, para alguns, esse sonho se transforma em um desafio financeiro. Vanessa Curran, uma escocesa de 66 anos, está entre aqueles que precisaram reavaliar os seus planos.

Como supervisora na Primark, em Motherwell, Vanessa esperava por uma aposentadoria tranquila. No entanto, com a realidade dos preços em constante aumento e a ausência de previdência privada, ela percebeu que teria de voltar ao trabalho para cobrir suas despesas básicas.

A decisão de retorno ao mercado de trabalho não foi fácil. A pressão financeira e a preocupação em não depender do parceiro foram fatores determinantes. Agora, ela enfrenta o desafio de equilibrar saúde e finanças.

Vanessa Curran, em entrevista ao The Guardian – Noticias Trabajo/ND+

Desafios na aposentadoria

Vanessa Curran compartilhou sua experiência com o The Guardian. Ao trabalhar em um supermercado como supervisora da rede de lojas, ela se dedica a três turnos semanais. Assim, ela explica que a renda extra de 110 libras (R$ 844,93*) é essencial para suas despesas.

No entanto, os desafios não são apenas financeiros. A saúde de Vanessa também está em declínio, pois a idosa sofre de uma doença pulmonar crônica e recebeu um diagnóstico preocupante sobre um possível câncer de fígado, o que piora tudo.

A determinação de Vanessa em continuar trabalhando, apesar dos problemas de saúde, reflete o seu desejo de independência financeira. Segundo ela, não quer depender do próprio companheiro.

Dessa maneira, a aposentadoria, que deveria ser um período de descanso, se tornou um tempo de luta por dignidade.

Impactos do custo de vida

O aumento do custo de vida na Escócia e a falta de uma previdência complementar têm levado muitos aposentados a reconsiderar suas finanças.

Vanessa ilustra um cenário em que até pequenos luxos, como uma Coca-Cola, se tornam inatingíveis. Em meio a essas dificuldades, a aposentada continua sua própria batalha por uma vida digna, mantendo-se ativa e independente.

Sua história levanta questões sobre a sustentabilidade dos sistemas de aposentadoria e a necessidade de planejamento financeiro a longo prazo.