Vale investe R$ 70 bi para ampliar produção de ferro e cobre no Pará

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou dia 14, em Parauapebas (PA), do anúncio de um investimento de R$ 70 bilhões da Vale (VALE3) até 2030 para a expansão da mineração de ferro e cobre no Complexo de Carajás. O projeto inclui a ampliação de minas em operação, novas áreas de exploração e melhorias no beneficiamento de minerais estratégicos para a transição energética e a produção de aço verde.

A meta da mineradora é elevar a produção de minério de ferro na região para 200 milhões de toneladas anuais até o fim da década. Já a extração de cobre deve crescer 32%, atingindo cerca de 350 mil toneladas. O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, destacou a importância do metal para a eletrificação global e a transição energética, ressaltando que Carajás abriga uma das cinco maiores reservas do mundo.

Durante o evento, Lula afirmou que a Vale já foi uma das líderes mundiais do setor e que o governo apoiará sua retomada ao topo do ranking. O presidente também relembrou os desastres de Mariana e Brumadinho, classificando os episódios como resultado de falhas graves e cobrando responsabilidade para evitar novas tragédias.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou o papel estratégico da mineração para a economia brasileira, destacando a meta de dobrar sua participação no PIB, de 3% para 6%, nos próximos dez anos. Já o governador do Pará, Helder Barbalho, aproveitou a ocasião para solicitar apoio federal na conclusão do trecho da Ferrovia Norte-Sul entre Açailândia (MA) e Vila do Conde (PA), projeto considerado essencial para impulsionar a infraestrutura logística do estado.

A empresa

A Vale é uma das maiores empresas de mineração do mundo, com atuação em vários países e foco na extração e produção de minério de ferro, níquel, cobre, carvão e outros minerais. Fundada em 1942 como Companhia Vale do Rio Doce, a empresa foi privatizada em 1997 e desde então expandiu sua presença global. Além da mineração, a Vale opera ferrovias, portos e terminais marítimos, sendo fundamental para a logística de exportação de seus produtos. Seu minério de ferro é um dos mais utilizados na indústria siderúrgica mundial.

Apesar de seu impacto econômico, a empresa também esteve envolvida em desastres ambientais, como os rompimentos das barragens de Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019. Nos últimos anos, tem investido em práticas sustentáveis, buscando reduzir emissões de carbono e melhorar a segurança de suas operações.