Carreira

Profissão mais bem paga do Brasil surpreende; conheça o topo do ranking salarial

Oficiais maquinistas em navegação são os profissionais com maior salário no Brasil, ganhando 60 vezes mais que a menor remuneração.

Publicado

02/04/2025 às 18:59

Por

Lorena de Sousa

Em uma revelação surpreendente, um ranking de salários no Brasil destacou os oficiais maquinistas em navegação como os mais bem pagos do país. Contrariando o que muitos pensavam, não são os médicos ou os juízes os profissionais com as maiores remunerações.

O levantamento, liderado pelo economista Bruno Imaizumi, da consultoria LCA 4intelligence, foi divulgado pela Folha de S. Paulo. Ele é baseado em dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) do IBGE, referentes ao quarto trimestre de 2024.

Desafios e vantagens de ser oficial maquinista

Os oficiais maquinistas em navegação, formados pela EFOMM (Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante), recebem um impressionante salário médio de R$ 24.686,16 por mês.

O cargo de oficial maquinista exige uma formação específica e rigorosa. Para ingressar, é preciso passar por um concurso público. A graduação na EFOMM dura três anos na instituição e mais um ano de prática em embarcações.

Este curso prepara os aspirantes a operar e manter máquinas em navios, uma tarefa vital para o funcionamento seguro e eficiente das embarcações.

Rankings salariais: os grandes destaques

Além dos oficiais maquinistas, outros cargos se destacam no ranking. Diretores gerais e gerentes gerais aparecem logo em seguida, com remunerações médias de R$ 20.677,70.

Na sequência, médicos especialistas e dirigentes de explorações de mineração também figuram entre as profissões com maiores ganhos.

Cargo	Remuneração (R$)
Oficiais maquinistas em navegação	24.686,16
Diretores gerais e gerentes gerais	20.677,70
Médicos especialistas	20.139,72
Dirigentes de explorações de mineração	19.417,09
Juízes	19.029,25
Dirigentes de pesquisa e desenvolvimento	16.607,59
Dirigentes de políticas e planejamento	15.347,20
Trabalhadores do serviço direto aos passageiros	15.144,71
Filósofos, historiadores e especialistas em ciência política	15.000,00
Escriturários gerais	14.838,09
Agentes da administração tributária	14.745,86
Médicos gerais	14.710,78
Economistas	14.487,35
Dirigentes de serviços de tecnologia da informação e comunicações	14.178,88
Dirigentes financeiros	14.100,83
Engenheiros químicos	13.965,42
Especialistas em políticas de administração	13.951,76
Profissionais em direito não classificados anteriormente	13.932,09
Diretores de cinema, de teatro e afins	13.588,85
Gerentes de sucursais de bancos, de serviços financeiros e de seguros	13.344,47

Muito atrás, na base da lista, estão os acompanhantes e criados particulares, que recebem apenas R$ 404,9 mensais, uma diferença gritante de 60 vezes.

Desigualdade salarial: um retrato preocupante

Enquanto o topo do ranking apresenta salários astronômicos, a realidade para muitos é bem diferente. Com remunerações significativamente menores, trabalhadores como carregadores de água e coletores de lenha enfrentam desafios diários para sobreviver.

Este cenário reflete a discrepância econômica que ainda persiste no Brasil.

Diante dessas disparidades salariais gritantes, fica claro que o caminho para a equidade econômica ainda é longo. O debate sobre a diferença entre as remunerações mais altas e as mais baixas torna-se crucial para buscar soluções que promovam uma distribuição mais justa dos rendimentos no país.

Lorena de Sousa

Jornalista graduada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), integra o time VS3 Digital desde 2016. Apaixonada por redação jornalística, também atuou em projetos audiovisuais durante seu intercâmbio no Instituto Politécnico do Porto (IPP).